Navratilova faz análise detalhada ao Big Three feminino em Roland Garros

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 25, 2023

Com Roland Garros prestes a arrancar, Martina Navratilova fez a sua análise à competição feminina. A lenda do ténis mundial, antiga número um do Mundo, olhou para o Big Three feminino, atualmente composto por Iga Swiatek, Aryna Sabalenka e Elena Rybakina.

SWIATEK COMO FAVORITA

Para a Swiatek tudo vai depender da sua saúde. Pelo que ouço, a lesão muscular não é grave. Se estiver cem por cento saudável, não tenho dúvidas de que é a grande favorita. É Iga contra o resto. Se não estiver bem, então o quadro está completamente aberto. Nesse caso, Sabalenka e Rybakina seriam favoritas para ganhar. Não tenho dúvidas ao ver o nível que mostraram e como jogaram em terra. Todas devem chegar aqui com muita confiança, Swiatek com mais se estiver a cem por cento. Podemos ter uma vencedora surpresa, mas tudo aponta para uma das três. Quero ver a Iga ao máximo, sem limitações. Só quero vê-la superada se alguém jogar melhor do que ela, não porque está lesionada.

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SABALENKA COM BOAS HIPÓTESES

Se fosse a Aryna, sentir-me-ia muito bem em relação às minhas hipóteses. Podes bater mais forte na bola em Paris porque a bola não voa tanto, isso dá mais segurança. Gosto do ténis dela em terra batida. Nem toda a gente entende que a força que a Sabalenka tem se transpõe para todas as superfícies. Em terra é mais difícil de defender, é mais difícil de recuperar e sair dos cantos. Não há motivo para que ela, com esse grande serviço e grandes pancadas, não possa triunfar.

CONFIANÇA EM RYBAKINA

O seu título em Roma foi enorme. Não me surpreende. As superfícies já não são tão diferentes como quando eu jogava, os estilos são muito mais adaptáveis a qualquer superfície. Não podemos esquecer que Rybakina cresceu a jogar em terra. Sabe como movimentar-se muito bem, pode neutralizar a força das melhores a servir e parece tremendamente equilibrado em todos os aspetos. Isto pode surpreender, mas é quem tem melhor jogo de transição das três. Cada vez está mais cómoda a fechar na rede. Só precisa de mais paciência.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt