Wild radiante após vitória: «É um sonho. Não há magia, apenas trabalho diário»

Por José Morgado - Maio 30, 2023

PARIS. FRANÇA. Thiago Wild viveu esta terça-feira o momento mais alto da sua carreira desportiva ao derrotar o russo Daniil Medvedev em pleno Court Philippe Chatrier e no final do encontro passou pela principal sala de conferências de imprensa de Roland Garros para falar com dezenas de jornalistas. Num inglês perfeito, o jovem de 23 anos não escondeu a sua felicidade, ainda que tenha sido confrontado por um jornalista com as acusações da sua ex-namorada, que desembocaram numa queixa do ministério público brasileiro por violência doméstica.

EUFÓRICO COM TRIUNFO

Nem consigo descrever o que senti. Foi incrível. É um sonho tornado realidade.

IDOLATRAVA NADAL

O meu livro favorito era a biografia do Nadal, que sempre foi o meu ídolo. Tinha o ídolo de defrontá-lo aqui e espero que ainda possa acontecer. A maneira como ele joga, luta, o seu espírito. É algo que não se vê todos os dias.

ENCONTROU BOAS SENSAÇÕES EM PARIS

Paris é uma cidade onde gosto de estar. É uma cidade em que sempre me senti muito bem e Roland Garros é muito especial para mim. Não há magia, mas apenas trabalho diário.

ENCONTRO COM ALTOS E BAIXOS

Estou extremamente feliz, foi um encontro com altos e baixos, muito mental, mas consegui aguentar-me bem na maior parte do encontro, manter o meu nível de jogo e isso deixa-me feliz.

ACUSAÇÕES DA SUA EX-NAMORADA AINDA AGUARDAM JULGAMENTO

Não creio que seja o local para me fazerem sequer uma perguna

CÃIBRA MOMENTÂNEA

A cãibra foi momentânea, foi difícil mas fui aprendendo a lidar com isso. Acho que o físico é algo que é importante, tenho de jogar daqui a dois dias e focar-me na minha recuperação.

GUGA É ESPECIAL

Ídolo é um Guga para todos os brasileiros, o que fez e o que é. É decerto uma pessoa de quem tiramos inspiração e boas memórias. Eu tenho esse espírito de vencer.

NUNCA SE DEIXOU IR ABAIXO MESMO DEPOIS DO TIEBREAK DO 2º SET

Se me passasse pela cabeça que iria perder, teria perdido. Consegui manter a confiança alta e a cabeça no lugar.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com