Tsitsipas desiludido no US Open: «Não fui suficientemente bom, não vou culpar ninguém»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 31, 2023

Stefanos Tsitsipas voltou a sofrer uma derrota desapontante no US Open. Desta feita, o grego ficou pelo caminho aos pés de Dominic Stricker, que alcançou o maior triunfo da sua vida a caminho da terceira ronda. A desilusão de Tsitsipa era natural após o desaire.

ASSUME CULPA

De maneira alguma devo culpar algum membro da minha equipa. Tudo no court está no meu controlo e no meu talento, a forma como posso jogar este desporto. Se não sou capaz de render, então não mereço ganhar. Isso foi o que aconteceu neste verão. Não fui suficientemente bom para render e ter resultados. Não vou culpar ninguém. É só mau rendimento depois de Los Cabos. Tive uma dura transição para Toronto, com um jet lag com o qual nunca tinha sofrido.

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DIFICULDADES EM TORONTO E MÉRITO A STRICKER

Tive um encontro muito difícil contra o Gael em Toronto. Cheguei a pensar em retirar-me nessa ocasião. De resto, não tenho nenhuma razão a dar para os outros resultados. O meu adversário jogou melhor do que eu. Quero dar-lhe os parabéns porque me considero um bom jogador e não quero ser uma pessoa fácil de derrotar. Tento tornar a vida tão difícil quanto possível e se não funciona, não funciona. Sigo em frente com a vida. Espero poder melhorar no futuro.

O QUE CORREU MAL

O serviço dele é uma grande arma. Tive problemas com a minha movimentação, acho que esse foi o principal problema do meu rendimento. Não foi boa de todo. Estava sem equilíbrio, ia com o pé errado a maior parte das vezes. O court parecia um pouco mais rápido do que o Louis Armstrong, mas não é desculpa. Normalmente, sou muito mais duro mentalmente, é algo que já mostrei em reviravoltas. Mesmo que me quebrem o serviço quando estou a um jogo de fechar, encontro sempre solução para ganhar o tie-break ou o quinto set. Desta vez isso não acontece, não fui tão forte.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt