Treinador de Sinner: «Nem Djokovic, Federer ou Nadal jogavam como Alcaraz aos 19 anos»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 24, 2023

Jannik Sinner Carlos Alcaraz estão a construir uma rivalidade saudável e entusiasmante que pode durar toda a carreira. Nesta altura, o espanhol de 19 anos está uns passos à frente, ao ser o número um do Mundo, algo que deixa um dos treinadores do italiano rendido. Simone Vagnozzi coloca Alcaraz até mesmo acima de Roger Federer, Rafael Nadal Novak Djokovic na mesma idade.

COMPARAÇÕES COM ALCARAZ

Desde o ano passado fomos por um novo caminho com o Jannik, com novos elementos técnicos, táticos e físicos e é preciso tempo para chegar ao fim. Se tivermos Alcaraz como referência, ele tem menos dois anos, mas faz as mesmas coisas desde os 15, pelo que neste momento é mais completo. Jannik precisa de um pouco mais tempo, embora ninguém saiba exatamente quando a evolução ficará completa. Estou certo de que em dois ou três anos, Jannik será fisicamente mais forte. Não há que fazer as coisas por acaso, não há que correr riscos, é preciso esperar pelos momentos adequados e estou convencido de que este caminho trará resultados importantes.

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FENÓMENO ALCARAZ

Se vires um encontro de Alcaraz quando tinha 15 anos vês que fazia mais ou menos tudo o que faz agora: amorties, subir à rede, serviço-vólei, parecido com o que faz agora, pelo que é um caminho que se vai completando com o tempo. Estamos a falar de um fenómeno. Aos 19 anos ninguém jogava assim, nem os monstros sagrados como Djokovic, Nadal ou Federer. Ninguém tinha a plenitude que ele tem aos 19. Vai melhorar e estará no topo por muitos anos, mas não temos de pensar nele, temos de pensar no Jannik, tentando torná-lo no melhor jogador possível.

RIVALIDADE ENTRE SINNER E ALCARAZ SERÁ BENÉFICA

Acho que sim, mas fazemos o mesmo com todos os jogadores. Cada vez que jogamos um encontro tentamos introduzir elementos que possam incomodar o adversário e, por outro lado, o adversário faz o mesmo. Então, obviamente, Carlos, Jannik e também Musetti são um pouco os jovens mais destacados, pelo que se torna tudo mais falado.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt