Simon nem sabe o que está a acontecer: «Não posso pensar demasiado»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 3, 2022

Gilles Simon está a viver um autêntico conto de fadas no Masters 1000 de Paris. Até o próprio podia pensar que ia apenas fazer um derradeiro encontro para terminar a carreira, mas já somou grandes triunfos contra Andy Murray e Taylor Fritz, sendo que agora vai defrontar Felix Auger-Aliassime nos oitavos-de-final. O veterano de 37 anos nem sabe explicar o que se está a passar.

OUTRO TRIUNFO BRUTAL

Simplesmente fiz o que tinha de fazer. Ganhei, agora tenho outro encontro, pelo que tenho de continuar a tentar chegar ao court da melhor maneira possível. Caso contrário, será muito desagradável. Tenho pouco tempo de recuperação, já que me puseram bastante cedo, mas é o que há. Tenho de continuar a fazer o que tenho de fazer, não posso pensar demasiado

APOIO DO PÚBLICO

O público está a dar-me uma prenda todos os dias, eu no court simplesmente faço o melhor que posso. A perceção de tudo mudou quando disse que ia acabar a carreira no fim do ano. A partir desse dia senti muito apoio e compaixão das pessoas, já não julgam tanto o resultado. Antes, se chegasse à terceira ronda, ninguém dizia que era fantástico, mas agora sim. Já não é o resultado que conta, mas o facto de ser capaz de jogar a um nível muito alto. A única coisa que quero é desfrutar desta experiência. O meu grande medo em Roland Garros era esse. Ter jogado bem lá deu-me expectativas de que podia estar bem aqui também.

PRIMEIRO MURRAY, DEPOIS FRITZ

Estou a jogar bem.  Já estava a jogar bem nos treinos, não me estava a mexer mal, então sabia que podia jogar bem. Só esperava não estar demasiado tenso para deixar as minhas pancadas fluir. Tinha muita confiança contra o Andy, sentia isso dentro de mim. Foram dois adversários muito diferentes, embora de força parecem semelhantes. Por dentro, fui sentindo coisas diferentes.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt