Roddick lembra duelos com Djokovic: «O que eu fazia seria uma missão suicida agora»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 22, 2023
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Andy Roddick também esteve colado à ação durante quase quatro horas, com Novak Djokovic a sair por cima de uma batalha brutal com Carlos Alcaraz na final do Masters 1000 de Cincinnati. O antigo número um do Mundo fez, para o Tennis Channel, uma análise muito interessante ao encontro.

MELHOR ENCONTRO EM TRÊS SETS?

Há uma coisa que tenho clara. Não sei se é o melhor encontro à melhor de três sets que já se viu, mas não é uma loucura achar isso. Não é uma hipérbole, foi um dos encontros mais físicos e mais bem executados que já vi, repleto de drama, um público que estava ligado. É muito difícil encontrar uma crítica a este encontro. Talvez Alcaraz tenha tido um jogo em que relaxou de mais no terceiro set, mas é normal que isso aconteça quando há um encontro de quatro horas.

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Novak tirou forças da fraqueza, pensava que estava acabado depois de uma hora e de repente olhas para o relógio, estão com 3h50 e ele parece em melhor forma do que no primeiro set. Alcaraz começou a disparar winners com um sangue frio escandaloso quando teve match points contra… É tudo o que queres num encontro de ténis. Damos muita força a alguns encontros e rivalidades, mas não estamos a sobrevalorizar um encontro como este.

FÍSICO DE ALCARAZ PREOCUPA?

Novak ainda não conhecia tudo sobre cada parte do seu corpo aos 20 anos. Tentavas sempre alargar as trocas de bola com ele. Naquele momento, o que eu fazia quando defrontava o Novak seria visto como uma missão suicida agora. Há que dar tempo ao Carlos para que conheça o seu corpo a 100 por cento. Mudei coisas no equador da minha carreira, a dieta pode fazer a diferença, mas tudo isto é um processo de prova e erro. Não deveríamos criticar o Carlos. Foi um encontro extremamente físico e vinha de encontros longos nos dias anteriores. Por outro lado, Novak é toda uma espécie. Ir para ali com 36 anos e fazer aquilo… Quando o sol se pôs, as coisas mudaram.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt