Pela primeira vez desde 1998, não haverá russas cabeças-de-série no quadro feminino de um Grand Slam

Por José Morgado - Agosto 21, 2019
September 1, 2018 – Maria Sharapova in action against Jelena Ostapenko during the 2018 US Open.

O ténis feminino russo… está em crise. A quebra de rendimento e de ranking de Maria Sharapova coincidiu com a de Svetlana Kuznetsova, Anastasia Palyuchenkova, Daria Kasatkina, Ekaterina Makarova e até com a gravidez de Elena Vesnina. Há uma série de jovens talentos russos a aparecer, mas nenhuma com a qualidade suficiente para saltar já para a ribalta e aparecer dentro das 30 primeiras do ranking.

No US Open 2019, não teremos nenhuma tenista russa dentro do lote de 32 cabeças-de-série desde 2001, quando o número de pré-designadas nos Majors foi aumentado de 16 para 32. E mesmo nos três anos anteriores, entre 1999 e 2001, tínhamos tido sempre uma russa nesse lote, pelo que pela primeira vez em 21 anos… não teremos.

Em termos, a Rússia chegou a ter cinco tenistas em simultâneo no top 10 WTA: Maria Sharapova, Anastasia Miskyna, Nadia Petrova, Elena Dementieva e Svetlana Kuznetsova, entre 2004 e 2006.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com