Medvedev incrédulo em Roma: «Nunca pensei que seria capaz de fazer isto»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 21, 2023

Daniil Medvedev não conseguiu conter a felicidade… e incredulidade depois de se sagrar campeão no Masters 1000 de Roma. Foi o primeiro título em terra batida para o russo, o 20.º no total da carreira, e um muito especial, como o próprio confessou após bater Holger Rune.

EM QUE LUGAR COLOCA ESTE TÍTULO

De certo modo está em primeiro lugar porque é o primeiro título em terra batida, é incrível. Nunca pensei que seria capaz de fazer isto. Tenho de ser sincero, o Grand Slam é sempre o maior, pelo que o US Open é o número um. Este é especial porque não pensei que fosse acontecer. Ainda não acredito, nem tanto o facto de ter ganho, mas por ter jogado tão bem. Estou muito contente com o meu nível.

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EVOLUÇÃO NA TERRA BATIDA

Não me movia suficientemente bem, as minhas pancadas não tinham profundidade suficiente. Acho que a nova encordoação me ajuda porque é mais suave, então a bola sai mais fácil. Na Austrália, onde perdi, não funcionou. Duvidava de mim mesmo. Agora sinto-me incrível. Sobre a movimentação, é o treino ou os novos ténis deste ano. Sinto-me melhor com eles. Quero mover-me bem e bater a bola profunda. Parece fácil, mas é a parte mais difícil do ténis. Consegui fazer tudo o que tinha na cabeça esta semana.

HIPÓTESES EM ROLAND GARROS

Estou a tentar pensar em soluções. Se fosse número três do Mundo, jogaria contra Alcaraz ou Novak nas meias-finais. Suponho que é melhor ser número dois e ter essa oportunidade de não jogar. Carlos e eu não nos enfrentamos antes da final e com Novak há 50% de hipóteses de não me calhar no quadro. Ao mesmo tempo, até agora nunca passei dos quartos-de-final. É sempre bom ter um bom quadro, mas é melhor jogar bem e tentar ganhar. Quando vi o quadro de Roma pensei que era um dos mais difíceis da minha vida. Consegui fazê-lo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt