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Francisco Cabral descarta pressão: «Adoro jogar em Portugal, adoro jogar com o apoio do público»
Após iniciarem a revalidação do título do Millennium Estoril Open, e se qualificarem para os quartos-de-final do torneio, Francisco Cabral e Nuno Borges tiveram à conversa com a imprensa numa análise pós encontro. Um dos tópicos mais discutidos tem sido a pressão de voltar ao Estoril com o peso do troféu do ano passado nos ombros.
Nuno Borges: Eu pelo menos em singulares senti um bocadinho mais isso. Acho que o par ajuda-me sempre a lidar melhor com as emoções, é diferente, os pontos são mais curtos, tenho o Francisco ao meu lado. Senti que soube aproveitar melhor o momento e puxar por mim mesmo, e acabou por correr muito bem. Senti que tive mais magia na raquete. É normal, desta vez entrei diretamente sem precisar do wildcard, sentir que afinal mereço estar aqui é uma sensação diferente. Partilho da sensação do Francisco que as condições são muito parecidas mas mesmo assim não é a mesma coisa, e as vezes isso faz toda a diferença. Vamos tentar jogar jogo a jogo como fizemos o ano passado porque sabemos que todos os jogos dá perfeitamente para perder, mas também podemos ganhar
Francisco Cabral: Partilho da mesma opinião do Nuno, mas eu ao contrário do singular do Nuno não me senti muito nervoso. Adoro jogar em Portugal, adoro jogar com o apoio do público, acho que é essencial e até agora, tanto eu como o Nuno, quando jogamos em Portugal temos tido excelente resultados e deus queira que seja mais uma semana a correr bem
Tendo ganho o ano passado no Estoril, qual é o desafio deste ano?
Nuno Borges: acho que pode trazer uma pressão acrescida, as pessoas estarem à espera que ganhemos outra vez. Nós mesmos com algum sentido de obrigação, mas tentamos contrariar isso da mesma maneira como em qualquer outro torneio, em que só por termos ganho a um adversário antes, não quer dizer que ganhemos de novo. Acaba por ser um torneio completamente diferente, com jogadores diferentes, com as condições em que estamos numa altura do ano diferente, tentar usar isso também como um novo desafio e não voltar a tentar ganhar exatamente o mesmo torneio, que pelo menos para nós quando entramos em campo nos ajuda a trazer mais ânimo, motivação e não sentir tanto aquela sensação de obrigação.
Após a derrota em singulares, como foi o acordar esta terça-feira e a preparação para os pares?
Nuno Borges: Uma reação normal, um bocadinho em baixo. Gostava muito de poder ir mais longe aqui [em singulares], e nem tanto a pensar no que fiz aqui no ano passado pode ser melhor – o ano passado fiz segunda ronda, e este ano perdi na primeira. Apesar de ser um jogador diferente, um jogador que me causou muitas dificuldades, saio aqui com uma sensação de perder na primeira ronda, que nunca é bom, mas acontece muitas vezes e tenho de saltar outra vez em campo e mostrar um bocadinho mais de energia para os pares. Já o fiz antes, hoje voltei a fazê-lo, se calhar custou-me um bocadinho mais do que o costume, e do que gostaria de me ter sentido, mas é o que é. Há dias que custa um bocadinho mais e acho que fiz um bom trabalho nesse aspecto. O Francisco tinha tudo controlado [risos], se eu me desviasse um bocadinho, ele dava ali o extra. Mas acho que estivemos os dois bem e ele ajudou-me do início ao fim a manter-me positivo e motivado para ganhar.
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