Alcaraz: «Sempre quis defrontar Federer, mas pelo menos assim nunca perderei com ele»

Por José Morgado - Setembro 19, 2022

Carlos Alcaraz… não pára. Antes de tirar uns dias de férias para descansar e preparar os próximos torneios, o número um do ranking ATP passou esta segunda-feira por Madrid para cumprir alguns compromissos publicitários e falou com a imprensa sobre… todos os temas. Entre os principais, ainda o anúncio da retirada do seu ídolo de infância, Roger Federer, que nunca defrontará em encontros oficiais.

NÚMERO E CAMPEÃO DE GRAND SLAM. E AGORA?

“Agora quer ganhar mais Grand Slams e ser número um o máximo de semanas possíveis. O trabalho não acaba aqui”.

COMO FESTEJOU O TÍTULO, AINDA EM NOVA IORQUE

“Tive a sorte de ter comigo o meu pai, uns primos, o meu irmão e fomos jantar a um restaurante de um amigo em Nova Iorque. Mas não houve tempo para muito mais.”

Embed from Getty Images

FEDERER, UM ÍDOLO

“Federer é talento puro, classe, elegância. Durou tanto tempo no topo pela forma como joga. Parece que não se esforça. Ele nunca se retirou de um encontro até aos 41 anos e eu tenho 19 e já me retirei de um. Ele é um regalo para todos os fãs, não apenas de ténis, mas de desporto. Sinto-me privilegiado por ter a chance de vê-lo jogar durante toda a minha infância. Oxalá possa durar tanto como ele para tentar ganhar pelo menos um bocadinho daquilo que ele ganhou.  Sempre quis defrontá-lo, mas talvez seja melhor assim. Pelo menos assim nunca perco com ele.”

PRÓXIMOS TORNEIOS?

“Astana, Basileia, Paris, ATP Finals e Davis. O objetivo é acabar o ano número um. Vamos tentar”.

LAVER CUP?

“Houve essa possibilidade, mas por motivos desportivos considerámos que não era o melhor nesta fase da minha carreira.”

JOGAR NO BERNABÉU?

“Adoraria jogar no novo estádio, mas parece que a ideia é fazer um Federer-Nadal neste momento. Oxalá um dia me convidem…”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com