Bollettieri: «Agassi seria o complemento ideal para Rafa e Toni»

Nick Bollettieri, lendário treinador americano, tem sido visto no torneio ATP/WTA que se disputa esta semana no Rio de Janeiro. E foi a propósito da presença nesse certame que Bollettieri falou aos jornalistas sobre vários aspetos do ténis masculino atual, passando por temas como o nível de jogo de Djokovic. a importância de Federer para o desporto e dando a sua opinião sobre o que pode revitalizar a carreira de Nadal.

Em relação a Djokovic, Bollettieri demonstra grande admiração e espanto por aquilo que o sérvio tem feito.

“Tenho treinado e analisado o jogo durante 60 anos e ele (Nole) é o jogador mais perfeito que vi, é difícil detetar-lhe alguma debilidade. Diria que Djokovic é o melhor da história em termos de jogo. Agora tem Roland Garros em ponto de mira mas também creio que se ele vencer mais três, quatro ou cinco torneios do Grand Slam e superar Sampras e Federer, será o melhor jogador de sempre.”

Nick Bollettieri valoriza muito o papel que Boris Becker teve na carreira de Djokovic.

“Com Becker, Djokovic aprendeu a ir para o court e a não a dar pistas sobre como o podem derrotar. Para ser o melhor do mundo, tens que ser o melhor todos os dias e em cada encontro. Os treinadores têm um impacto importante, é necessário que sejam próximos do atleta, da sua mulher, da sua família.”

Quanto a Rafa Nadal, Bollettieri não acha que romper com Toni seja a solução. Acredita antes que o tenista espanhol deve complementar a orientação que recebe do seu tio com uma nova visão.

“A grande questão é se Nadal conseguirá voltar ao seu melhor neste ano. Não sinto que deva contratar um novo treinador mas talvez deva arranjar alguém que acompanhe o Toni. Edberg fez um grande trabalho com Federer. Agassi poderia ajudar Nadal. Penso que seria um bom complemento. Deixar de trabalhar com Toni não seria bom mas a ajuda de Agassi seria definitivamente uma boa opção.”

Ainda relativamente a Nadal, Bollettieri é da opinião que alguns jogadores deixaram de o temer tanto como antigamente.

“Hoje em dia os jogadores querem enfrentá-lo e antes não era assim. Quando perdes tens medo.”

Por fim, sobre Federer, o experiente treinador deixou algumas palavras de louvor.

“Se eu fosse Djokovic, deixava Federer ganhar um (risos). Federer é tão importante para o desporto… respeita o adversário, é um homem de família, ajuda a sua fundação. Federer é Federer, algo que não se pode ensinar.”