Shapovalov orgulhoso após batalha com Sinner: «Estou na direção certa»

Por José Morgado - Agosto 31, 2025
Shapovalov

Denis Shapovalov voltou a sentir que pode competir de igual para igual com os melhores do mundo. Este sábado, perante um Arthur Ashe completamente lotad0, o canadiano assinou uma das suas melhores exibições dos últimos tempos, mesmo saindo derrotado por Jannik Sinner na terceira ronda do US Open 2025. O número um mundial precisou de todo o seu arsenal para travar o ímpeto do antigo top 10, que chegou a liderar por 3-0 no terceiro set.

“Está claro que é uma derrota dura. Ele é o número um do mundo por um motivo. Tive a minha oportunidade, estive a liderar no terceiro set, mas ele jogou incrivelmente para dar a volta”, reconheceu Shapovalov em conferência de imprensa. Ainda assim, viu sinais positivos: “É um bom passo em frente. Voltar a jogar a este nível depois da minha lesão foi uma viagem longa. Sei que sou capaz de jogar este tipo de ténis e, nesse sentido, estou feliz. Triste pela derrota, claro, mas é um passo na direção certa.”

Sobre os momentos de frustração durante o encontro, Shapo admitiu: “Não diria que me irritei demasiado. Talvez tenha começado a duvidar do meu serviço quando estava a perder a vantagem, mas mentalmente mantive-me muito bem. Esta época cresci muito nesse aspeto. É uma das razões pelas quais consegui ganhar três títulos no último ano.”

O canadiano destacou ainda o valor do seu jogo agressivo: “Joguei de igual para igual com ele, com muita variedade. Tentei ser agressivo e tornar as coisas o mais difíceis possível. Mas ele é o número um por algo, soube gerir tudo na perfeição. Tenho de aprender com os meus erros e ser ainda mais sólido.”

Por fim, deixou elogios ao rival e uma nota de maturidade: “Sinner e Alcaraz são os grandes favoritos. Mas hoje mostrei que consigo colocar pressão no número um. Estou a crescer mentalmente, a perceber o que me ajuda e o que não me acrescenta nada. A pausa pela lesão foi fundamental. Hoje saio triste, mas feliz pelo esforço e pelo nível que apresentei.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com