Serena imune à pressão: «Tenho um grande alvo nas costas desde 1999»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 1, 2022

Serena Williams não deixa de sonhar e continua a mostrar um ténis impressionante para manter viva a sua carreira no US Open. A norte-americana de quase 41 anos derrubou Anett Kontaveit e explicou o que lhe deu força para bater a tenista da Estónia em nova sessão noturna eletrizante.

MAIS UM TRIUNFO

Experiências assim só tem uma vez na vida. Estou a jogar muito bem, venho de treinar muito bem, mas não consegui fazer muitos encontros consecutivos. Agora finalmente isso está a acontecer. Tinha de ter tudo junto e, por sorte, funcionou.

PODE SER CAMPEÃ?

Não posso pensar tão longe. Neste momento estou aqui, divirto-me e desfruto dentro do court. Sinceramente, tive tantos encontros difíceis nas últimas semanas que não sei quanto tempo mais poderei estar preparada para os próximos que podem chegar, são todos muito complicados. O que é realmente importante é superar os momentos de dificuldade.

SUPERAR ADVERSIDADES

Sinto que tudo neste torneio é um extra. Há uma estranha sensação de querer abraçar tudo e, ao mesmo tempo, querer manter-me focada. Ainda estou a ver que percentagem quero de cada um. Sinto que tive um grande alvo nas costas desde que ganhei o US Open em 1999 e acompanhou-me toda a minha carreira. Agora é diferente. Sinto que já ganhei. É incrível tudo o que já fiz, embora nunca pense nisso. Esta noite disse a mim própria: ‘Serena, já ganhaste, simplesmente joga, sê a Serena, és melhor do que isto’.

IMPORTÂNCIA DE… TIGER WOODS

É uma das razões pelas quais estou aqui, uma das principais razões por que continuo a jogar. Falámos muito sobre isto. Estava a tentar motivar-me, mas há algumas pessoas com as quais esse sentimento é mútuo. Em algum momento estava perdida, tinha muitas perguntas, mas aí aparecem as pessoas em quem podes confiar. Tiger é um amigo incrível.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt