Ruud: «O objetivo que eu tinha era chegar aos quartos-de-final num dos Grand Slams»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 10, 2022

Casper Ruud vive uma incrível história neste momento da carreira. O norueguês começou o ano sem nunca ter chegado aos quartos-de-final do torneio de um Grand Slam, mas chegou à final em Roland Garros e agora vai lutar pelo título no US Open. Ruud está a uma vitória de se tornar número um do Mundo, sendo que para isso precisa de derrotar Carlos Alcaraz.

DIFERENÇAS PARA A ÚLTIMA FINAL DO GRAND SLAM

Levei uma tareia e a única coisa em que pensei é que não queria defrontar o Rafa nunca mais em terra. Agora sei o que enfrento. Vi-me um pouco nervoso por ver tantas celebridades nas bancadas, essa é a expectativa tão especial que se gera em encontros assim. Aprendi com a experiência e acho que vou estar mais preparado. Tenho muita confiança nas minhas hipóteses depois de uma grande temporada. Melhorei imenso em hard courts e ganhei o respeito de todos os meus adversários com os meus resultados.

SONHOS DE RUUD

Sempre adorei o ténis e as minhas primeiras lembranças são a jogar com o meu pai por diversão. Quando via o Roger e o Rafa na televisão, como criança, dizia am im própria que eu um dia ia estar ali. Sempre sonhei ganhar Grand Slams e ser número um. Neste caminho foi muito importante a ajuda de um psicólogo que me ajudou a entender que a batalha não está apenas no court, mas também no dia a dia, e que fazer as coisas certas na tua vida diária marca a diferença em relação aos teus adversários.

OBJETIVOS QUE TINHA ESTE ANO

O ano passado foi dececionante para mim nos Grand Slams. Ganhei torneios e tive estabilidade em quase todos os torneios que joguei, mas nos grandes torneios não joguei tão bem como queria. No início da época, o objetivo que eu tinha era chegar aos quartos-de-final num dos Grand Slams. Era realista tendo em conta o que eu tinha feito. O que aconteceu na Austrália foi duro para mim, mas sinto que aprendi a jogar em cinco sets e o que fiz em Paris deu-me muita confiança.

Ruud afasta Khachanov rumo à final do US Open e é número um… pelo menos uma horas

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt