OPINIÃO. Perdoa, Rafa: Eles não sabem o que dizem. Nem nós

Por José Morgado - Junho 1, 2022

Não fazemos tanta opinião (e esta também vai ser curta e direta…) quanto gostaríamos no Bola Amarela, mas temos um espaço semanal — o Bola Amarela Podcast — onde damos semanalmente a nossa opinião sobre a atualidade do ténis e, na segunda-feira, lá considerámos — eu e o Pedro Gonçalo Pinto — que Novak Djokovic seria o favorito para o encontro dos quartos-de-final diante do Rafael Nadal. 

Pessoalmente, o momento de forma do sérvio convencia-me. Aliás, confessei a muitos dos que me questionaram que, depois de vê-lo perder por 7-6 no terceiro set da meia-final de Madrid diante de Carlos Alcaraz mesmo sem jogar o seu melhor ténis, parecia-me em crescendo de forma para chegar a Roland Garros e defender o título. A semana de Roma veio dar-me razão e esta primeira semana em Paris parecia confirmar tudo isso, mas… Nadal é Nadal.

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“Nadal é Nadal” foi uma das frases que eu e o Pedro usámos no podcast de segunda-feira. Referimos que os fãs do espanhol deveriam agarrar-se à esperança de que o seu ídolo voltasse a ser o ‘Rafa de Roland Garros’ diante do seu maior rival, recuperando um nível de jogo que ainda não tínhamos visto em terra batida esta temporada. E Nadal voltou mesmo a ser Nadal. Em todo o seu esplendor, garra, energia, emoção. Um campeão que supera o ténis e, acima de tudo, supera qualquer tipo de análise lógica.

Só mesmo Nadal para voltar a contrariar tudo e todos: as lesões, a má preparação, as dúvidas, as condições de jogo que teoricamente não o favoreciam, o campeão em título, as odds das casas de apostas e as opiniões de quase todos. Incluindo nós. Perdoa, Rafa. Eles não sabem o que dizem. Nem nós. Quando é vamos aprender?

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//bolamarela.pt/nadal-nao-temos-solucao-para-o-pe-nao-sei-o-que-vai-acontecer-depois-de-roland-garros/

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt