Nuno Borges soma uma das melhores vitórias da carreira e faz história pessoal em Roma

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 10, 2024
borges cagliari
Divulgação/ATP Challenger Tour

Sem espinhas! Nuno Borges, número 53 do ranking ATP, assinou uma bela exibição para fazer história a nível pessoal e apurar-se pela primeira vez na carreira para a terceira ronda de um Masters 1000. Fê-lo com muita concentração e consistência para ultrapassar o sempre traiçoeiro Alexander Bublik (17.º), naquela que foi a segunda melhor vitória da sua vida em termos de ranking, apenas superada pelo triunfo diante de Grigor Dimitrov (então 13.º) no Australian Open deste ano.

A defrontar alguém que não se sente bem em terra batida, Borges apresentou-se intenso e sem acusar demasiado o desgaste das brutais 3h40 da primeira ronda contra Pedro Martínez, resolvendo a questão com os parciais 6-4 e 6-4. O maiato de 27 anos soube executar o seu plano de jogo de forma eficiente e contrariar também um público que se apresentou sempre a puxar pelo cazaque, garantindo o terceiro triunfo da carreira em torneios Masters 1000.

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Borges foi rápido a deixar a sua marca, a fazer um break logo no terceiro jogo, mas Bublik reagiu… antes de o português avançar para nova quebra. Daí para a frente, o momento decisivo do set chegou no oitavo jogo, com o português a sair de 15-40, antes de se colocar na frente do marcador. Já no segundo parcial, Borges entrou com tudo e teve pontos para ficar com duplo break de vantagem, mas Bublik reagiu e ainda fez o 2-2. No entanto, o maiato agarrou novamente no comando do encontro e vincou a superioridade que esteve sempre patente no encontro para confirmar a vitória, mesmo a aguentar a recuperação de 2-5 para 4-5.

Desta forma, Nuno Borges sobe provisoriamente ao 49.º posto do ranking ATP, deixando a reentrada no top 50 como um dado quase garantido, enquanto fica à espera de Tallon Griekspoor (26.º) ou Francesco Passaro (240.º) para saber quem será o seu próximo adversário na luta por uma vaga nos oitavos-de-final.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt