Nuno Borges e a polémica com Garín no Estoril: «Nunca me tinha acontecido algo assim…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 5, 2024
Créditos: Millennium Estoril Open

Nuno Borges despediu-se do Estoril Open nos quartos-de-final, ao ser eliminado por Cristian Garín num encontro marcada pela polémica a meio do segundo parcial. O maiato falou sobre isso na conferência de imprensa, explicando que… ainda não conseguiu entender o que se passou na cabeça de Christian Rask, árbitro de cadeira.

POLÉMICA NO SEGUNDO SET

Saí de lá sem perceber qual foi o julgamento dele porque a meu ver não havia dúvidas. Tenho a certeza de que o árbitro sabe que cometeu um erro e mais tarde ou mais cedo me vêm dar a entender que não passa de um mal entendido. Acontece, mas é só garantir que a situação fica bem resolvida e não aconteça outra vez. Dois jogos depois houve alguém que chamou uma bola, às vezes não é out, é um ai, e não é por isso que o ponto pára. Naquele momento ambos sentimos qualquer coisa, ficámos a olhar um para o outro, foi bizarro, nunca me tinha acontecido algo assim. Ele próprio não conseguiu explicar perfeitamente. Não ficou com a ideia completa da situação.

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ATITUDE DE GARÍN

Ele podia ter dito para repetirmos o ponto porque seria a coisa certa a fazer, mas não o posso culpar. Talvez tivesse feito o mesmo, não sei o que teria feito no lugar dele. Ainda estou a processar tudo o que se passou. A culpa foi do árbitro na verdade. Mesmo que o Garín tivesse dito que queria repetir o ponto o árbitro podia dizer que mantinha a decisão. Nem o supervisor foi capaz de lhe trazer esclarecimento.

CONVERSA COM GARÍN

Não acho que esteve particularmente bem. A culpa não foi dele. Só fez o trabalho para ganhar o ponto, que foi manter-se o mais calado possível. O árbitro achou que a bola tinha sido boa, aquela direita. Ficou a olhar para mim e para ele e nem olhou para a bola, mas tinha juízes de linha para isso. Chamei-o para esclarecer, não foi para dizer ‘o que estás a fazer?’. Só foi para confirmar que a bola foi fora, e ele dizia que sim, mas foi porque eu tinha parado. O árbitto achava que tinha sido boa e pensei que fosse mudar a decisão quando visse que não.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt