Nadal arrasa Djokovic e iguala recorde de Grand Slams de Federer com 13.º título em Roland Garros

Por José Morgado - Outubro 11, 2020
Nadal

Rafael Nadal, espanhol de 34 anos, escreveu este domingo, 11 de outubro de 2020, mais uma importante página na lendária história da sua carreira profissional, ao conquistar o ‘seu’ torneio de Roland Garros pela 13.ª vez nas últimas 16 temporadas e igualar o recorde de 20 títulos de Grand Slam de Roger Federer, ausente deste torneio (e até ao final da época).

Tão impressionante quanto o feito em si foi a forma como conseguiu alcançá-lo: Nadal, atual número dois mundial, derrotou nada mais, nada menos do que o sérvio Novak Djokovic, número um mundial e com apenas uma derrota em 2020 antes de hoje (por desqualificação), por 6-0, 6-2 e 7-5, parciais esclarecedores e consumados ao cabo de 2h40 de duelo.

Num dos encontros mais estranhos de uma das rivalidades mais relevantes da história do ténis mundial, Nadal fez a sua melhor exibição do ano, jogando em muitos momentos ao seu melhor nível e contou com a ajuda de uma prestação absolutamente irreconhecível do número um mundial, que falhou muito mais do que é habitual e tomou decisões erradas. Djokovic, que havia vencido 14 dos últimos 18 encontros contra Nadal, teve inclusivamente muitas dificuldades em manter o resultado equilibrado, mas escapou da humilhação com um terceiro set competitivo, em que subiu consideravelmente o nível de jogo.

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Rafael Nadal, que entrou em Roland Garros 2020 com muitas dúvidas — novas bolas, muito mais frio e condições de jogo que, em teoria, não o beneficiavam, sai de Paris com mais um título e sem perder um único set. O jogador que lhe deu mais luta acabou por ser Diego Schwartzman (3h10 nas meias-finais), que já o havia derrotado nos ATP Masters 1000 de Roma.

Já Novak Djokovic despede-se de Paris ainda mais líder do ranking: o sérvio somou 430 pontos face a 2019 (em que foi semifinalista), ao passo que Nadal não acrescenta nada à sua classificação, uma vez que já havia vencido este torneio no ano passado. O sérvio vai fechar 2020 no topo da classificação e é muito provável que ultrapasse o recorde de semanas no topo de Federer (310) em meados de março de 2021.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com