Medvedev partilha desejo: «Espero defrontar Alcaraz noutra superfície»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 20, 2023
medvedev

Daniil Medvedev viveu uma grande semana e meia em Indian Wells até chegar à final, onde acabou por ser esmagado por Carlos Alcaraz. O russo saiu com um sabor agridoce e partilhou a vontade de ter uma desforra com o novo número um do Mundo… mas em condições diferentes.

SABOR AGRIDOCE

É um dia complicado para resumir esta semana, não joguei o melhor que pude e ele jogou bem. Isto às vezes acontece no ténis. Aconteceu-me o mesmo depois do meu encontro com o Novak. Pensava que tinha jogado bastante bem, mas Novak não jogou o melhor possível. Por que não joguei o melhor? Não sei, talvez tenha sido por causa da bola dela. Talvez pelo vento, que ele superou melhor. Não tenho razões reais, às vezes não as temos no ténis. Estou dececionado com o resultado, mas a semana foi incrível. Estou super feliz por ter chegado à final de Indian Wells, isto é um court de terra batida em piso rápido, então é um bom resultado para mim. Só vejo coisas bem, agora estou cheio de vontade para ir para Miami.

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DESFORRA… NOUTRA SUPERFÍCIE

Alcaraz está a jogar bem, serviu super bem e também subiu bem à rede. Eu sabia quem não seria fácil fechar o encontro, sobretudo uma final, e pensei no meu encontro com o Novak no US Open, então tentei pressionar. Não é fácil jogar contra ele, mas adorava defronta-lo noutra superfície, talvez num hard court mais rápido para ver se consigo fazer melhor. Não sei se foi por causa do jogo dele, mas não estive ao meu melhor nível. Mentalmente estava pronto para a luta. Jogou muito bem, fez bons amorties e alguns winners. Não há muito a acrescentar.

MUDANÇA NO TOPO DO RANKING

É uma pena que o Novak não possa jogar estes torneios, estou certo de que todos iam gostar de o ver jogar porque é sempre bom. Mas é o que há. O Rafa também está lesionado há algum tempo e podemos dizer que se ele não estivesse lesionado seria o número um, não sabemos. O mesmo com o Novak. Se tivesse jogado estes torneios no ano passado, o ranking seria diferente de certeza. Agora Carlos é o número um merecido.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt