João Sousa: «Temos feito o correto para dia 14 de agosto estar no pico de forma»

Por José Morgado - Julho 3, 2020
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João Sousa, número um português e 66.º colocado do ranking ATP, somou esta sexta-feira uma segunda vitória seguida no Lisboa Racket Centre, rumo às meias-finais da segunda etapa do circuito sénior da Federação Portuguesa de Ténis. O vimaranense de 31 anos estava contente com o seu triunfo diante de João Monteiro, a sua melhor exibição desde que voltou a competir.

“Estive mais à vontade com as condições, que aqui não são fáceis. Mas joguei a bom nível e estou contente com esta exibição contra um bom jogador. Feliz pela vitória. A confiança é importante. A semana passada foi de aprendizagem depois de muito tempo sem competir, em condições a que não estou habituado. Tenho de me habituar e tentar apanhar novas rotinas, sem apanha-bolas e menos juízes de linhas. Tem sido uma boa semana. Dois bons jogos, o segundo melhor do que o primeiro em condições de vento muito instáveis”, confessou no final do encontro.

Nas meias-finais, Sousa vai encontrar um conterrâneo, Luís Faria, de 20 anos. “O Luís é um jovem de Guimarães. Somos da mesma terra e ele tem evoluído muito. Espero manter o bom nível de ténis e conto fazê-lo de novo no sábado para tentar vencer e chegar à final.”

Sousa admite que jogar estes torneios, com pouco público, sem apanha-bolas e com menos juízes de linha, é estranho para quem joga há quase uma década com outro tipo de condições. “Isto é tudo novo para mim. Não ter apanha-bolas, andar atrás delas é diferente daquilo a que estou habituado. Poder partilhar isso com estas jovens promessas é muito bom. É importante competir em Portugal e raro para mim, mas é ótimo jogar para as poucas pessoas que podem estar presentes.”

A menos de seis semanas do regresso do circuito, a 14 de agosto em Washington, Sousa mantém-se confiante de que estará em forma quando for preciso. “Temos feito os passos corretos para dia 14 estar no pico de forma. Tanto fisicamente como mentalmente. Estou estável e bem e estes torneios também servem para isso.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com