De forma surpreendente, foi Keys quem entrou muito mais solta, deixando Sabalenka desorientada ao ponto de liderar por 5-1 e ter um break point no serviço da bielorrussa. A número um do Mundo ainda reagiu até ao 3-5, mas foi quebrada de novo e o sonho da norte-americana ganhava forma. No entanto, a segunda partida mostrou a força mental da rainha do ténis atual, com pressão desde o início no serviço de Keys: o primeiro break surgiu no terceiro jogo, o segundo chegou no quinto e tudo se simplificou.
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Mas mérito seja dado à número 14 do Mundo. Quando podia parecer que Sabalenka tinha carregado no acelerador e já não daria hipóteses, Keys voltou a equilibrar e o terceiro set foi marcado por domínio absoluto do serviço, sem um único jogo nas vantagens sequer. A bielorrussa ainda mostrou as garras num par de ocasiões, mas foi Keys a agigantar-se no 12.º jogo para fugir a um tie-break decisivo que seria inédito na história das finais do Australian Open e conquistar o primeiro título do Grand Slam na carreira.
Uma história de redenção e paciência para Keys que, depois de ser dominada na final do US Open de 2017, trabalhou para agora ter outra oportunidade e derrubar a sequência brutal de Sabalenka para fazer história a nível pessoal. Aos 29 anos, este já ninguém lho tira. A ela, que volta ao sétimo lugar que já tinha ocupado na melhor fase da carreira.
O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos.
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