História, história e mais história! Campeã Raducanu fixa recordes e junta-se a listas de luxo

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 12, 2021

Que dizer mais de Emma Raducanu? A cada obstáculo que deixava para trás no US Open, a jovem britânica escrevia páginas de recordes, mas nada que se compare com o que acabou mesmo por alcançar, ao conquistar o seu primeiro Grand Slam da carreira com apenas 18 anos. Uma história verdadeiramente incrível, não só pela pouca experiência que tinha (já lá vamos), como pelos registos que fixa.

Raducanu é a primeira qualifier na história a vencer um Grand Slam, enquanto se torna na mais jovem a conquistar um Major desde que Maria Sharapova se sagrou campeã em Wimbledon, em 2004, aos 17. Por outro lado, é a primeira a limpar o US Open sem perder sets desde uma tal… Serena Williams em 2014, embora até tenha feito mais três encontros do que a norte-americana, devido à fase de qualificação.

Um dos números mais impressionantes está no facto de este ter sido apenas o seu segundo quadro principal de um Grand Slam e só precisou de dois para conquistar o título. Ora, é a primeira jogadora da Era Open a estrear-se com um troféu em menos de quatro participações em Majors, superando Monica Seles Bianca Andreescu, que foram campeãs à quarta tentativa.

Por outro lado, é a primeira titulada britânica em Grand Slams desde Virginia Wade que, em 1977, ou seja, há 44 anos, conquistou Wimbledon. Assim, uma caminhada que começou no qualifying e no 150.º posto do ranking WTA termina com um sonho tornado realidade e um salto para o… 23.º lugar da hierarquia mundial feminina. Neste percurso de sonho, perdeu 48 jogos apenas em 10 jogos, não cedeu qualquer set e o parcial mais equilibrado foi na segunda ronda do qualifying, então frente a Miriam Bolkvadze (167.ª WTA), vencendo por 7-5.

E sabe o que é que Raducanu ainda não fez na carreira antes de conquistar um Grand Slam? Ganhar um duelo num quadro principal WTA, disputar um encontro a três sets, jogar em terra batida, entrar diretamente num quadro principal e jogar em cinco torneios WTA. Uma história surreal.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt