Gastão Elias: «Nervos há sempre… Sabia que era difícil sair daqui com uma vitória»

Por admin - Abril 26, 2016

Gastão Elias, número dois português e novo membro do top 100 do ranking mundial (94.º), analisou esta terça-feira à tarde a derrota sofrida diante do francês Paul-Henri Mathieu, ex-top 15 mundial e atual 60.º ATP, na primeira ronda do Millennium Estoril Open. Numa conferência de imprensa animada, o jogador natural da Lourinhã confessou não ter jogado ao seu melhor nível, depois de uma semana em que conquistou o título no torneio challenger de Turim, em Itália.

“Ele jogou a um muito bom nível hoje, cometeu poucos erros. Começou muito bem, acho que foi a diferença no encontro. Começou muito agressivo, sem fazer erros e eu um pouco mais lento, estava a chegar mal às bolas no início. Estava a custar-me adaptar às condições. O único momento em que senti que estava mais controlado foi no 4-4 do segundo set… e não aproveitei”, começou por dizer Elias, que admitiu ter sentido alguns nervos.

“Nervos há sempre. Há sempre alguns nervos, mas já joguei muito mais nervoso do que estava hoje. Já tive momentos muito mais tensos, até estava sem pressão alguma, bastante tranquilo. Venho de fazer uma muito boa semana e sabia que era muito difícil sair daqui com uma vitória, por vários motivos”, disse Elias, que continuou a debruçar-se sobre o inédito top 100.

“Tentei enganar a minha mente e o meu corpo o mais possível, que não ia influenciar muito jogar dois dias depois do que aconteceu, mas obviamente que é muito difícil. Tive uma semana em que joguei 53 horas de ténis. Depois de ter alcançado o top 100 e relaxei por completo, veio ao 0, relaxei”, concluiu Gastão, que terá “ainda de jogar mais alguns torneios challenger antes de entrar em todos os ATP”.

Apesar da derrota em singulares, Gastão Elias está em prova na variante de pares, na qual joga ao lado do compatriota e número um português João Sousa. Na primeira ronda, a equipa portuguesa tem embate marcado com o brasileiro Rogério Dutra Silva e o espanhol Guillermo Garcia-Lopez.

Foto: Pedro Mendes