Frederico Silva feliz com a vitória e a adaptar-se ao novo Australian Open: «Temos de ser flexíveis»

Por José Morgado - Janeiro 11, 2021
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Frederico Silva, número 181 do ranking ATP e único português ainda em prova na fase de qualificação do Australian Open, que decorre em Doha, no Qatar, mostrou-se esta segunda-feira naturalmente contente pelo facto de ter entrado a vencer no Qatar.

“Fiz um bom jogo! Para primeira ronda, estou satisfeito com o jogo que fiz. Obviamente o principal objetivo era entrar na época e no torneio com uma vitória e estou contente por ter conseguido”, começou por nos confessar, antes de projetar o encontro de terça-feira diante do sérvio Nikola Milojevic. “Amanhã vou ter um encontro bastante difícil contra um jogador que já conheço há vários anos. É um jogador sólido, que joga em contra-ataque e certamente vai fazer com que o jogo se torne exigente física e mentalmente. Hoje vou procurar recuperar e preparar o encontro de amanhã da melhor forma!”

Frederico assumiu ainda como é estranho jogar o qualifying do Australian Open… em Doha. E falou de como se tem sentido no Qatar. “Jogar um qualifying de um torneio num país diferente do quadro principal é sempre algo estranho mas, na minha opinião, não é totalmente mau visto que se joga num país mais perto da Europa e que a viagem é menos complicada. Com toda esta situação da covid-19, torna-se muito mais difícil arranjar voos e nesse aspeto foi bom não termos de ir para tão longe”, começou por contar, antes de falar nas diferenças de ambiente. “Obviamente o ambiente do torneio no complexo do Australian Open é diferente do que temos aqui mas a organização montou bastante bem o torneio aqui e dentro dos possíveis, as condições são bastante boas. A bolha aqui tem ainda mais restrições do que tivemos em Roland Garros. Aqui as refeições são todas no hotel, não há apanha bolas e não podemos tomar banho no clube. Como tive jogo hoje, tive direito ao que eles chamam “player meal box” mas assim que acabou o jogo voltámos para o hotel. Não são as condições desejadas mas numa altura tão complicada, temos de ser flexíveis e aceitar que esta é a única forma de estarmos a competir neste torneio.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com