Federer rendido: «Jamais vou esquecer o que Nadal fez por mim em Londres»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 29, 2022

Roger Federer já se retirou mas continuam a ser publicadas incontáveis entrevistas que deu em Londres e que tem continuado a realizar desde o adeus na Laver Cup. Uma delas foi ao New York Times, onde detalhou todo o processo com Rafael Nadal, logo a partir do momento em que contou ao espanhol que ia terminar a carreira em Londres.

“Liguei-lhe depois do US Open, esperei que acabasse o torneio para lhe contar os meus planos de retirada. Queria que soubesse antes de fazer qualquer plano sem pensar na Laver Cup. Disse-lhe que estava a pensar se jogava pares ou não, mas deixei claro que o ia informando e pedi que fosse dizendo como as coisas estavam por casa para depois combinarmos. Mas desde cedo ficou claro que o Rafa ia fazer tudo o que fosse possível para estar lá comigo. Para mim, isso foi incrível. Demonstrou uma vez mais o que significamos um para o outro e o respeito que temos um pelo outro”, sustentou.

Mas porquê jogar com Nadal no adeus? A resposta é simples. “Simplesmente pensei que seria uma história bonita e incrível para o ténis e para o desporto. Até mais do que isso, ao mostrarmos que podemos coexistir numa rivalidade tão competitiva e deixar claro que isto é só ténis. É brutal, sim, mas é um desporto justo. Creio que tudo acabou de uma maneira ainda melhor do que pensava. Rafa fez um esforço incrível, jamais vou esquecer o que fez por mim em Londres”, confessou.

Questionado sobre aquela imagem icónica de ambos a chorarem de mãos dadas, Federer puxou o filme atrás. “Vi a imagem, sim. Estava a chorar imenso, estava a passar-me tudo pela cabeça. Pensava em como estava feliz a viver esse momento com toda a gente. Foi um momento curto, mas foi bonito estar ali, a saborear a música e o foco estava mais na cantora. Nesse momento esqueces que te podem estar a tirar fotografias. Houve um momento em que não dava para falar por causa da música e simplesmente toquei-lhe na mão. Foi como um ‘obrigado’ secreto. Senti assim. Espero conseguir fotos desse momento porque são incríveis e significam muito para mim”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt