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Djokovic não perde a ‘fome’: «Quantos Grand Slams quero? Não tenho nenhum número…»
Novak Djokovic conquistou este domingo o US Open pela quarta vez na carreira, naquele que foi o seu 24.º título do Grand Slam, um número histórico no ténis.
O sérvio é agora o tenista com mais Majors de sempre na Era Open e deu mais um passo rumo ao estatuto de GOAT. Na conferência de imprensa, o número um mundial mostrou-se emocionado e mais do que satisfeito com o feito alcançado.
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APRENDER COM O PASSADO
Não tinha jogado nenhum torneio nos EUA em dois anos e a última vez que perdia aqui tinha sido contra o jogador que ganhei hoje. Fiz tudo o que podia nas últimas 48 horas para não permitir que a importância do momento e do que está em jogo fosse contra mim. Foi o que me aconteceu há dois anos, joguei debaixo do meu nível e fui superado. Aprendi a lição. A minha equipa e a minha família sabiam que nestas 24 horas nem podiam tocar ou falar da história que estava em jogo. Tinha pensamentos diferentes na minha cabeça, os possíveis cenários, a imagem no caso de ganhar, também no caso de derrota mas tentava bloquear isso tudo.
ESTAR EM CONSTANTE EVOLUÇÃO
Precisas de te reinventar porque todos o fazem. Com 36 anos e a enfrentar rapazes de 20, provavelmente tenho que fazer mais do que nunca para manter o meu corpo em forma e jogar ao melhor nível de maneira consistente. Mentalmente também tenho de encontrar o equilíbrio com a motivação para estar inspirado.
À PROCURA DE MAIS
Concentro-me no que tenho de fazer para ganhar os grandes troféus, isso é o que importa. É incrível para o nosso desporto que tenha uma grande rivalidade com o Alcaraz. É ar fresco para o ténis, um grande jogador, uma grande pessoa também. Todos, de forma coletiva, querem mais atenção e interesse sobre o ténis. Quantas mais pessoas se envolverem melhor para nós mas, no final do dia, o meu objetivo sempre foi, no início de cada temporada, ganhar todos os Grand Slams. Vai continuar a ser. Estes são os momentos que me mantêm motivado. Quanto tempo quero continuar? É uma pergunta que tenho na minha mente mas não me quero ir deste desporto sabendo que jogo ao mais alto nível que ganho os grandes torneios.
DIFERENÇAS COM O PASSADO
As quatro finais deste ano foram com rivais diferentes. É diferente, porque as rivalidades que tive eram tão fortes e sólidas que havia uma alta probabilidade de enfrentar o Roger, Rafa ou Andy na final de um Grand Slam a cada ano. Agora, é diferente. Não me importa jogar com tenistas diferentes se ganhar (risos). Joguei três encontros épicos com o Alcaraz este ano. O ténis está num bom lugar, os jogadores vêm e vão. Será o mesmo destino para mim.
OBJETIVOS
Quando pensava nos objetivos não pensava de forma tão concreta sobre a história de semanas no número um ou quem tem mais Grand Slams até há três anos. Os Grand Slams pareciam mais alcançáveis que as semanas como número um mas tive fé. Acreditei que conseguiria. Agora não coloco nenhum número sobre quantos Grand Slams quero ganhar até ao final da minha carreira.
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