Coco Gauff pensa a longo prazo: «Sou uma das mais trabalhadoras do circuito»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 19, 2023

Coco Gauff venceu uma batalha de jovens estrelas com Emma Raducanu para carimbar o passaporte para a terceira ronda do Australian Open. A norte-americana de 18 anos garante que pensa a longo prazo e não iria ficar com a confiança beliscada mesmo que tivesse perdido com a britânica.

ENCONTRO COM RADUCANU

Foi um encontro difícil para mim devido às condições, muito diferentes das que tinha tido na primeira ronda, às 11 da manhã com o teto aberto. Desta vez esta muito mais pesado e foi difícil gerar potência. Em muitos pontos só estava a tentar aguentar a bola. Acho que joguei bem, mas posso melhorar. Não se pode jogar todos os encontros na perfeição, então tento resistir quando é preciso.

MATURIDADE AOS 18 ANOS

Fechei o encontro por ser madura e não enlouquecer quando as coisas não saíam. Fiz um bom trabalho com o meu serviço depois de ser quebrada, tinha de aguentar o 4-5 e a verdade é que tive um pouco de sorte em alguns pontos. Mas mantive a calma quando foi preciso e ganhei o serviço. Vejo-me com maturidade, sem dúvida. Sinto que no passado me teria assustado naquele momento e agora estava sempre a pensar que estava com um set de vantagem.

TRABALHAR A LONGO PRAZO

Não sei se trabalho mais duro ou não do que as grandes jogadoras. Mas sinto que coloco 100% de esforço dia após dia nos últimos meses. Quando entro no encontro, digo a mim mesma ‘trabalhaste muito, deste tudo’. O meu avô, que é treinador de beisebol, diz sempre que a equipa que trabalha mais duro acaba por ganhar. Diz que talvez não ganhe no momento, mas que a longo prazo sim. Se tivesse perdido aqui continuava a sentir que sou uma das mais trabalhadoras do circuito. A longo prazo terei os resultados que quero.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt