Coco Gauff: «Caí na armadilha de acreditar que ia ser a próxima Serena»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 1, 2022

Coco Gauff é uma das grandes figuras de Roland Garros, já que, aos 18 anos, se encontra nas meias-finais. A jovem norte-americana traça as diferenças e destaca o crescimento mental que tem tido no circuito, considerando isso fundamental para dar passos em frente.

FELIZ PELO GRANDE MOMENTO

Sinto-me super feliz, estou muito contente com o nível que mostrei, tanto em singulares como em pares. Foi um dia bom para mim. Tratei o encontro como se fosse só mais um e no ano passado estava muito centrada na linha da meta. Agora já não vejo mais nada que não a bola que vem na minha direção. Vou abordar o próximo encontro da mesma maneira. Importo-me com os resultados mas ao mesmo tempo não. Agora sei que dou tudo em court, não fico chateada.

MENTALMENTE MAIS FORTE

Cada vez que entro em court tento dar o meu melhor, luto por cada ponto. Se as coisas não saem como quero, tento analisar logo depois do encontro e descobrir o que preciso de melhorar. Sinto que muitas das minhas derrotas no passado foram por erros mentais por falta de adaptação ao circuito e falta de jogar encontros intenso. Agora estou no lugar certo mentalmente, sei que se perder não será por isso.

COMPARAÇÕES

Quando entrei no circuito, até quando tinha 8 ou 9 anos, muitos me disseram que ia ser a próxima Serena e coisas assim. Caí na armadilha por acreditar nisso. É importante que tenhas grandes expectativas em ti mesma, mas ao mesmo tempo tens de ser fiel à realidade e saber onde estás. Agora estou a desfrutar cada momento. Lembro-me que outras vitória que me levaram à segunda semana de um Grand Slam, como contra a Naomi no Australian Open, me deixaram feliz, mas não tão feliz. Agora aprecio cada vitória e cada derrota.


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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt