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Chaves da glória: as 5 perguntas decisivas para a final de Roland Garros entre Djokovic e Tsitsipas
Depois de duas semanas com grandes batalhas, eis que vai correr o pano sobre mais uma edição de Roland Garros. Apenas pela quarta vez nos últimos 17 anos, a final não conta com um tal Rafael Nadal, uma vez que Novak Djokovic alcançou aquela que parecia impossível e bateu o seu maior rival. Do outro lado da rede estará Stefanos Tsitsipas, um estreante em finais de torneios do Grand Slam, mas que dava sinais de que uma explosão deste tipo podia estar a chegar, tendo em conta que é o líder da corrida às ATP Finals.
O que esperar, então, desta final? O que está em jogo e o que pode sair deste duelo de gerações que promete ficar cravado na história? Aqui lançamos as cinco perguntas decisivas para a batalha final da guerra que decorreu na terra batida parisiense. Só falta abrir as portas do Court Philippe Chatrier por uma última vez – em 2021, calma! – para encontrar o grande campeão.
Para quem é que esta final é uma maior oportunidade na carreira?
Ponto prévio: não damos respostas definitivas. Pois bem, há argumentos bastante evidentes a favor dos dois. Desde logo há um comum: do outro lado da rede não está Rafael Nadal. Nesse sentido, esta é uma soberba oportunidade para Djokovic chegar ao seu 19.º título do Grand Slam e ficar, de forma realista, de olhos postos nos 20 de Federer e Nadal ainda em 2021. Por outro lado, Tsitsipas está a viver um magnífico momento de forma e terá a primeira experiência na final de um Major num cenário em que Djokovic só por uma vez conseguiu triunfar.
Alguém tem vantagem no que diz respeito ao cansaço?
Djokovic chega à final com 16h42 nas pernas, enquanto Tsitsipas se ficou pelas 15h12. Um cenário extremamente aproximado, tendo em conta que estamos falar de seis encontros para cada um, sendo que o único fator que pode, eventualmente, desequilibrar um pouco a balança foi a forma como as meias-finais decorreram. Tsitsipas até foi a cinco sets, mas a carga emocional foi bem diferente daquela que Djokovic teve frente a Nadal, num jogo que, ainda por cima, aconteceu depois do que o grego venceu. Mentalmente foi um desafio extenuante que pode ter algum peso, mas o sérvio é um autêntico guerreiro e sabe como recuperar toda a potência muscular.
O confronto direto vai pesar?
O sérvio lidera com vantagem de 5-2 o ‘head to head’, mas o que poderá ter mais influência nesta final – ainda que um encontro decisivo possa ‘apagar’ a história – são os dois últimos duelos. E a verdade é que, pensando nesses dois encontros, até pode ser Tsitsipas a ter uma ‘pontinha’ extra… mesmo que tenha perdido os dois. Falamos das meias-finais de Roland Garros em 2020 (6-3, 6-2, 5-7, 4-6 e 6-1) e dos quartos-de-final de Roma (4-6, 7-5 e 7-5). A forma como esses duelos decorreram dão, certamente, confiança a Tsitsipas na medida em que percebeu que consegue criar problemas a Djokovic. Além do facto de ter batido Nole em Toronto’2018, claro. Por outro lado, o sérvio olhou as dificuldades nos olhos… e saiu por cima.
Qual é a pancada que vai decidir o encontro?
Bem sabemos que avisámos que não ia haver respostas definitivas, mas abrimos aqui uma exceção. Claro que é redutor considerar que um encontro se pode resumir a uma pancada e não é esse exercício que aqui estamos a fazer. Mas a forma como Djokovic responder ao serviço vai ser a chave da final. Se o sérvio se apresentar a um nível de topo para neutralizar o saque de Tsitsipas, o grego vai certamente sentir muitas quebras de confiança e será forçado a conquistar os pontos com muito mais engenho e trabalho. Por outro lado, se Tsitsipas for crescendo em termos de serviço, irá transportar esse embalo para o resto do seu ténis.
Para quem é que o título é mais importante?
Não há a mínima dúvida de que um título do Grand Slam é sempre especialíssimo para qualquer pessoa que o conquiste. Como já aqui referimos, Djokovic tem a oportunidade de chegar ao 19.º título do Grand Slam e pode cimentar o legado, uma vez que bateu o rei do torneio (Rafael Nadal) e tem hipótese de deixar para trás o representante da nova geração que está no trono em 2021. Logo aí é fácil perceber que há um peso histórico para Djokovic, especialmente porque se trata de um torneio que só venceu por uma vez na vida. Quanto a Tsitsipas, a verdade é que conquistar o seu primeiro Grand Slam a defrontar o número um do mundo na final acarreta um significado difícil de explicar. Ainda para mais porque também já bateu o número dois pelo caminho.
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