Alcaraz: «Estava nervoso, não queria que acontecesse o mesmo que há um ano»

Por Nuno Chaves - Agosto 28, 2025
Foto: EPA

Carlos Alcaraz, número dois mundial, continua o seu ataque ao US Open e à liderança de Jannik Sinner após mais um autêntico vendaval ofensivo.

O tenista espanhol realizou uma grande exibição para se qualificar para a terceira ronda e, no final, não escondeu que está com uma postura diferente este ano, em Nova Iorque, devido à desilusão da época passada, onde caiu, precisamente, na segunda eliminatória.

EXIBIÇÃO DE QUALIDADE

Hoje joguei um encontro muito sólido. Tinha definido alguns objetivos antes do encontro e acho que estive bastante bem. Tenho de melhorar algumas coisas que não fiz tão bem como queria, mas no geral estou muito satisfeito. Ele não fez o seu melhor jogo, eu sei, mas no geral estou contente por ter passado à próxima ronda.

À PROCURA DO MELHOR EM TODOS OS TORNEIOS

Estou a jogar um ténis excelente torneio após torneio e sinto que posso render ao máximo em cada encontro. Obviamente, tenho os meus altos e baixos. Há jogos que não ganho ou em que não me sinto totalmente bem, mas tento sobreviver a esses momentos e dar-me outra oportunidade na ronda seguinte. O que aprendi neste período é que tirar alguns dias entre digressões ou torneios ajudou-me bastante a chegar com muita energia, com a mente fresca, para poder render ao máximo. Acho que tenho feito isso muito bem. Até agora este é o período em que fui mais consistente.”

TÍTULO EM 2022 OU DERROTA EM 2024: O QUE TEM MAIS NA MENTE?

Quando perdi no ano passado, para ser sincero, porque está mais recente. Tenho muito boas recordações de quando ganhei aqui, já vi algumas fotos de 2022. Pensei no ano passado quando entrei em campo. Tive alguns pensamentos maus. Estava nervoso, a pensar que não queria que acontecesse o mesmo que há um ano, quando perdi na segunda ronda. Só pensei nisso por um momento, mas estou muito contente por ter passado e ter outra oportunidade na terceira ronda. Os meus pensamentos estiveram mais centrados no ano passado do que na minha vitória em 2022. Só quero melhorar e as pessoas, em geral, ou eu próprio, os pensamentos negativos pesam mais do que os positivos, ou têm mais força do que os positivos. É normal. Tento não deixá-los ficar tanto tempo gravados na minha mente, mas às vezes acontece.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.