Alcaraz: «Adorava defrontar Nadal em Roland Garros, acho que posso ganhar…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 27, 2023
Créditos: Bruno Alencastro/Bola Amarela

Carlos Alcaraz está cada vez mais no centro das atenções. A defender o título no Masters 1000 de Madrid, o número dois do ranking ATP tem os olhos postos nos objetivos mais altos e agora sonha com Roland Garros… diante de Rafael Nadal. Numa interessante entrevista o jornal Marca, não deixou nada por dizer.

DESEJO DE DEFRONTAR NADAL EM ROLAND GARROS

Sempre disse que gosto de jogar contra os melhores e Nadal é um dos melhores da história, não há dúvida. O seu torneio é Roland Garros, tem mais títulos. Adorava defrontar Nadal em Roland Garros, acho que posso ganhar… Mas o Rafa tem mil vidas lá.

O QUE TEM MUDADO

A questão do descanso. É normal que um rapaz de 19 anos não preste tanta atenção a isso e esteja com o telemóvel até às tantas. Não cuidar desses pequenos detalhes no fim pode sair caro. Graças às lesões percebi que tinha de ter cuidado com isso. Ir dormir cedo, a alimentação, a suplementação, ter tudo em conta é muito importante. Eu era um dos que se não me apetecesse fazer algo deixava para amanhã. Agora faço tudo de forma mais perfeita.

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É POSSÍVEL GANHAR UM TORNEIO 14 VEZES?

Ia dizer que não, mas aí poria um limite a mim mesmo, então digo que é quase impossível ganhar qualquer torneio 14 vezes, mesmo que seja um 250. Mas vamos tentar. Na vida há que ter objetivos, espero parecer-me ao Rafa nisso.

O QUE O INSPIRA EM NADAL

Inspira-me a coragem e o gene vencedor que tem dentro dele. No final, a raiva que tem no court de querer ganhar e fazer o possível para ganhar. De nunca se desistir, nunca se render e atacar tudo. Para mim, mentalmente é um exemplo. Se ficasse com algo dele seria a questão mental. Por mais problemas que venham, ele arranja sempre soluções e nunca dá desculpas. Já teve muitos encontros em que estava morto e soube dar a volta. E isso não é nada fácil. É algo que gostaria de ter do Rafa.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt