Gauff bate Sabalenka e conquista o seu segundo Grand Slam em Roland Garros

Por José Morgado - Junho 7, 2025
Gauff

Coco Gauff, de 21 anos, conquistou este sábado o segundo título de Grand Slam da sua carreira, ao vencer pela primeira vez em Roland Garros. Numa final que prometia muito mas que acabou por ser uma montanha-russa de emoções e de erros não forçados, a norte-americana, número dois do Mundo, foi mais calma e mais sólida para derrotar a bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking mundial, por 6-7(5), 6-2 e 6-4, numa batalha de quase três horas. É o segundo título de Grand Slam de Gauff, que venceu igualmente o US Open em 2023, também diante de Sabalenka na final.

Sabalenka entrou muito forte e tal como no encontro das meias-finais diante de Iga Swiatek abriu rapidamente uma vantagem de 4-1 com duplo break. A partir daí… tudo mudou. A bielorrussa de 27 anos saiu do estado de graça, os erros acumularam-se e Gauff conseguiu enrolar o set até ao tiebreak, onde a norte-americana até chegou a ter uma vantagem importante de dois minibreaks, 4-1 e depois 5-3. O melhor momento de Sabalenka em todo o encontro acabou por ser essa reta final do primeiro set, com quatro pontos fantásticos consecutivos para puxar o primeiro set para o seu lado.

E quando se pensava que o primeiro set poderia ajudar Sabalenka a soltar-se no segundo parcial… nada disso aconteceu. A bielorrussa foi quebrada logo no primeiro jogou da segunda partida e tornou-se ainda mais errática. Gauff cortou no número de erros, melhorou o seu nível e acabou por vencer o parcial com facilidade, vencendo os últimos dois jogos em branco.

O terceiro set iniciou dentro da mesma toada do segundo. O vento não acalmou, Sabalenka continuou a acumular erros e Gauff rapidamente chegou a vantagem de 3-1 com ponto para duplo break e 4-1. A líder mundial aguentou-se, evitou o duplo break, igualou a 3-3 mas foi quebrada logo de seguida no sétimo jogo. Gauff geriu esse último break até ao fim e fechou quando serviu a 5-4, mesmo que antes tenha tido a necessidade de salvar um break point. Um final dramático para uma final de loucos!

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com