Medvedev lembra estreia relva numa altura em que Kyrgios e Zverev eram… lendas

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 1, 2023

Daniil Medvedev entra em Wimbledon como terceiro cabeça-de-série e espera bater o seu melhor registo no All England Club, os oitavos-de-final. O russo falou sobre a sua primeira experiência na superfície mas também avaliou aquilo que Carlos Alcaraz poderá alcançar no tapete verde.

ESTREIA EM RELVA EM 2013

A primeira vez que joguei em relva foi quando joguei o torneio júnior de Wimbledon em 2013. Houve um torneio de preparação em Roehampton e perdi contra Nick Kyrgios na segunda ronda. Ele ganhou o torneio contra Alexander Zverev na final. Eram realmente incríveis naquela idade. Não estava nem perto porque eram muitos jovens quando entraram no circuito profissional, no top 100 e começaram a jogar contra os melhores do Mundo. Foi como ver duas lendas jovens a jogar.

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AS SUAS HIPÓTESES EM RELVA

Ainda acredito masi em mim em piso rápido porque é aí que estão os meus maiores títulos: um Grand Slam, cinco Masters 1000. Nunca me consegui aproximar nas outras superfícies. Sei que posso jogar bem finalmente, até em terra batida. Ganhar o Masters 1000 de Roma foi incrível. Sei que posso jogar bem em relva, mas tenho muito mais confiança em mim em hard court. Mas sempre que jogo, independentemente da superfície, tento ganhar.

ALCARAZ EM RELVA

A relva é uma superfície muito interessante porque muitas vezes vejo alguém a jogar e penso: ‘Este pode jogar bem em relva. Grande serviço, grande direita e sabe fazer slice’. E depois se calhar não gosta de relva. Depois há alguém como Alcaraz, que te faz pensar que não se adapta realmente bem à relva, não sobe tão bem à rede e depois joga tão bem. Ele próprio diz que é a sua superfície favorita. Na minha opinião, pela forma como joga em todas as superfícies, pode ganhar até cinco títulos em Wimbledon, mas nunca se sabe. O seu potencial é muito alto em todas as superfícies.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt