Zverev: «Podia ter ganho a Nadal se não me tivesse lesionado…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 10, 2023

Quem é que não se lembra daquela meia-final de Roland Garros entre Alexander Zverev Rafael Nadal? Estava 6-6 no segundo set e já se tinham jogado umas inacreditáveis 3h13, pelo que os dois se preparavam para potencialmente criar u dos melhores encontros de sempre. Mas foi nesse momento em que Zverev sofreu uma gravíssima lesão no tornozelo direito, que deitou por terra as hipóteses de vencer o seu primeiro Grand Slam e tornar-se número um do Mundo.

“Sim, pensava que lhe podia ganhar. Não quero soar arrogante. Rafa é, obviamente, o melhor jogador que jamais jogou em terra batida, então não se sabe o que podia ter acontecido. Mas podia ter ganho a Nadal se não me tivesse lesionado… Mas também podia ter perdido e ele ganhava o 14.º Grand Slam na mesma”, começou por afirmar Sascha, que se prepara para arrancar a participação em Monte Carlo.

Zverev volta atrás no tempo e lembra o que sentia na altura. “Sentia que estava a jogar o melhor ténis que alguma vez tinha jogado em terra batida. Por alguma razão, parecia-me que, pelo menos, podia jogar olhos nos olhos. É evidente que o resultado final depende de pequenos detalhes, mas sinto verdadeiramente que aquela podia ter sido a minha semana”, destacou.

O alemão destacou ainda o desafio de regressar de uma lesão tão grave. “Rafa e Roger são diferentes. Voltam de uma lesão e começam a ganhar torneios imediatamente. Não sei como o fazem, mas fizeram-no durante 20 anos. Eu precisava de tempo, mas a minha lesão também foi diferente. Fui incapaz de andar durante dois meses. Deves interiorizar os movimentos de novo, aprender a andar, a correr. Tudo afeta o que ténis. Não acho que dê para comparar com o Rafa porque ele volta e desata a ganhar encontros e a dar 6-0, 6-1 e ou 6-2”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt