Wozniacki critica wild card de Halep e romena responde: «É apenas uma pessoa. Não vale nada»

Por José Morgado - Março 20, 2024

Caroline Wozniacki e Simona Halep, duas antigas líderes do ranking WTA e campeãs de torneios de Grand Slam, entraram esta terça-feira numa troca de palavras através das suas conferências de imprensa após a primeira ronda do WTA 1000 de Miami. O tema de discórdia foi o wild card oferecido pela organização do torneio norte-americano a Halep, para que esta pudesse competir num dos maiores torneios do Mundo poucos dias depois de ver a sua suspensão por doping reduzida de quatro anos para apenas 9 meses.

A dinamarquesa de 33 anos acha que Halep devia recomeçar do zero, sem ajuda de convites. “Devo dizer-vos que sempre gostei da Simona, sempre nos demos bem. Já falei muito abertamente no passado sobre o que sinto em relação ao doping. A minha opinião não mudou. Sempre quis um desporto limpo, justo para todos. Eu entendo por que razão um torneio quer uma grande estrela, mas não acho que uma jogadora que vem de uma suspensão por doping deva receber um wild card. Se queres voltar, se foi um erro, eu entendo, mas deverias começar de baixo para cima. Essa é minha opinião sobre as coisas. A situação de Simona obviamente arrasta-se há muito tempo. Ela teve a sua suspensão reduzida. Não foi ilibada, foi apenas reduzida. Ela já está fora do ténis há algum um tempo e está a voltar. Só quero o ténis limpo. Quero ter bons modelos para a geração mais jovem. É um desporto que envolve muito dinheiro, muita competitividade, muitos competidores. Quero uma luta justa. Sempre fui uma atleta muito honesta”, disparou a dinamarquesa.

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Halep não demorou a responder na sua conferência de imprensa. Eu não fiz nada de errado. Eu não fiz batota. Eu não me droguei. É melhor lermos a decisão do TAS de que se tratava de um suplemento contaminado, não era doping. Nunca tive nada a ver com doping. Eu nunca me dopei, por isso não sou uma batoteira. Obrigado ao torneio por me dar o wild card e por ter a possibilidade de jogar num torneio tão grande. Foi ótimo estar de volta. Essa opinião é apenas uma pessoa a ser negativa sobre mim e seguramente não é tão importante porque tenho centenas de pessoas que estão do meu lado e me oferecem apenas amor. Por isso vou aceitar essa opinião e dar-lhe o valor que tem…”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt