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Wimbledon proíbe utilização de telemóveis
A lista de regras impostas pela organização do torneio mais conservador do circuito é já relativamente extensa, mas parece estar longe de ter um fim. E se têm sido os jogadores os que mais têm sofrido na pele os altos padrões de exigência de Wimbledon, a verdade é que não são os únicos.
Quem tem o seu bilhete religiosamente guardado à espera que portões do All England Club se abram para marcar presença no mais restrito e seleto Grand Slams de todos e, naturalmente, pavonear-se fortemente nas redes sociais, o melhor é baixar um pouco os níveis de entusiasmo. A razão? Não são permitidos telemóveis e outros dispositivos eletrónicos em Wimbledon.
A mensagem da organização é clara:
“O uso de telemóveis, tablets e outros dispositivos eletrónicos, dispositivos de comunicação, equipamento audiovisual ou rádios não devem incomodar ninguém no court; nomeadamente, devem estar DESLIGADOS dentro e nas imediações do court quando houver jogos. Os auriculares devem ser usados para ouvir rádio no interior do court. É proibido apostar dentro do court, em qualquer momento”.
Esta é uma medida que se deve essencialmente a uma aplicação chamada Periscope, que permite a transmissão de vídeo em direto do telemóvel a partir de qualquer parte do mundo. Durante a luta de boxe entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao os espetadores usaram a aplicação para transmitir a chamada “luta do século” na íntegra, o que originou muitos problemas a quem estava a assistir ao duelo pelo pay-per-view, devido a falhas no sistema. Com o atraso na emissão, muitas pessoas aderiram à nova aplicação.
Um episódio que a prova inglesa não quer ver reproduzida debaixo do seu tecto. No entanto, apesar de proibido, o Periscope vai ser usado pelo torneio “de uma forma orientada para captar momento únicos” tentando “envolver uma geração mais jovem”, tal como Alexandra Wilis, diretora de comunicação da prova, revelou ao The Drum.
Antes mesmo dos telemóveis serem banidos, o torneio tinha já tornado público, há cerca de dois meses, que não eram permitidos no complexo os sticks extensíveis para tirar selfies.
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