Wilander preocupado com Alcaraz: «Vai passar por isto no resto da carreira…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 1, 2025
Alcaraz

Carlos Alcaraz está a fazer um arranque de temporada abaixo do esperado e vai tentar recuperar a melhor forma na terra batida, a começar por Monte-Carlo. No entanto, Mats Wilander não esconde a preocupação com um tema que acredita que será um problema durante toda a carreira do atual número três do Mundo.

“Acho que o Carlos Alcaraz está a passar por aquilo que vai passar no resto da carreira… As inconsistências. Fará milagres às vezes para ganhar encontros, mas fará milagres em diferentes ocasiões e no fim não vai vencer. Obviamente, perder contra Jack Draper em Indian Wells, como aconteceu, é muito estranho para um jogador de elite. Não se perde um set tão facilmente. Perder 6-4 no terceiro contra Jack Draper não é um grande problema, mas, no final, Alcaraz vai ser bastante inconsistente nos resultados. Não estamos habituados a ver um ex-número um e provavelmente futuro número um a ser tão inconsistente”, comentou no Eurosport.

Wilander faz um paralelo curioso. “É preciso recuarmos à época de Andre Agassi, quando ganhava torneios e Grand Slams e depois sofria derrotas na primeira ronda, especialmente quando chegava à Europa, fosse em indoor ou terr batida. Depois voltava aos Estados Unidos, continuava a ganhar grandes torneios e a ser número um”, destacou.

Leia também:

 

O sueco ainda lembrou… Jannik Sinner e referiu que o circuito fica atento aos desaires de Alcaraz. “Não acho que aconteça o mesmo com o Sinner. Parece-me que cada vez que Alcaraz perde um encontro, pelo menos cinco jogadores no mundo dizem ‘se ele pode ganhar, eu também posso ganhar na próxima vez’. É bom para o balneário quando Alcaraz perde porque acho que muitos jogadores se sentem intimidados contra ele e pensam que não têm hipóteses. Mas cada vez que perde acende-se essa luz verde que diz ‘estás pronto, tens oportunidade de ganhar’. Esse é o problema para Carlos Alcaraz”, afirmou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt