Wawrinka diz que Djokovic é perfeito: «É impossível imaginar que lhe posso ganhar»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 6, 2023

Stan Wawrinka voltou a entusiasmar aos 38 anos, ao avançar para a terceira ronda de Wimbledon. O próximo obstáculo dá pelo nome de Novak Djokovic, um tenista que o suíço já derrotou por seis vezes na carreira, tendo perdido… nas outras vinte vezes. Ora, por tudo isso e não só, Wawrinka confessa que não acha possível derrotar o número dois do Mundo.

DUELO COM DJOKOVIC

Entusiasma-me muito defrontá-lo aqui, vai ser a primeira vez que nos defrontamos em relva. Sinceramente, acho que não tenho nenhuma hipótese de conquistar este torneio e se olharmos para os dados e para as sensações do Novak, também me parece impossível derrotá-lo. Estou a jogar cada vez melhor e será uma autêntica honra e privilégio enfrentá-lo uma vez mais. Gostava muito de ser competitivo e mostrar bom ténis, mas é impossível imaginar que lhe posso ganhar. Há muito que não jogo o nível que é preciso para ganhar a Djokovic num Grand Slam.

Leia também:

 

DIFICULDADES NA RELVA

Historicamente, esta superfície é a mais difícil para mim, mas recordo com especial amargura o encontro que perdi com Gasquet nos quartos-de-final em 2015. Não me atrevo a pensar que podia ganhar o torneio, mas era uma oportunidade magnífica de ter enfrentado o Novak nas meias-finais. Lembro com carinho as batalhas com Djokovic nos Grand Slams. Acho que houve momento em que a minha potência fazia-lhe muito dano, mas para isso tinha de estar fisicamente perfeito. Ainda desfruto da experiência de jogar torneios do Grand Slam, independentemente do meu ranking e aspirações, então estou feliz por estar na terceira ronda.

QUEM É O GOAT?

Tenho mesmo de responder? Não sei. Diz-me um ponto fraco de Djokovic. Ele é perfeito, capaz de jogar a pancada ideal em cada momento, responde que é uma loucura, serve bem… Faz tudo bem, então não me surpreende que possa igualar os oito títulos de Federer aqui em Wimbledon. Devemos desfrutar o que falta destes gigantes. Rafa ainda não se retirou, Novak tem objetivos pela frente e eu gosto muito de ver todos os encontros como adepto de ténis que sou. Vou jogar amanhã e depois vejo o resto do torneio.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt