Venus Williams nas nuvens após regresso de sonho: «É uma noite que nunca vou esquecer»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 23, 2025

Venus Williams mostrou que ainda tem muito ténis a correr-lhe nas veias. A veterana de 45 anos voltou após quase um ano e meio parada e avançou para a segunda ronda do WTA 500 de Washington, ao bater a compatriota Peyton Stearns. E mesmo com uma carreira de luxo, com múltiplos títulos do Grand Slam ou ouros olímpicos, Venus garante que não irá esquecer o que se passou em Washington.

REGRESSO EMOCIONANTE

Este foi só o primeiro passo, mas reconheço que o primeiro encontro é sempre extremamente complicado. É difícil explicar às pessoas quão difícil pode ser jogar o primeiro encontro depois de tanto tempo parada. Quando entro no court, sei que tenho a capacidade de ganhar, mas é preciso fazê-lo. Este é o melhor resultado que podia ter, fiz um bom encontro e ganhei. Estou aqui com os meus amigos, com a minha família, as pessoas que amo e todos estes adeptos. É uma noite incrível que nunca vou esquecer.

FORÇA PARA VOLTAR

Neste desporto não há limites para excelência, é só sobre o que cada um tem na cabeça e quanto quer sacrificar para o alcançar. Se trabalhas no aspeto físico, mental e emocional, entra podes obter o resultado que queres. Não importa quantas vezes caíste, não importa quantas vezes te lesiones, o que seja. Se continuas a acreditar no processo e a trabalhar nas tuas habilidades, haverá sempre uma oportunidade ao virar da esquina.

MOTIVO DO REGRESSO

Não estou aqui para mostrar nada a ninguém, voltei exclusivamente para mim, não tenho nada a provar. Estou aqui por mim, porque quero estar aqui. Querer mostrar algo ou provar que alguém está enganado nunca me deu uma vitória na minha carreira nem uma derrota. Ninguém vai trabalhar no meu lugar, eu é que trato disso, então não me interessa o que os outros dizem. Ninguém vai bloquear a minha fé e mesmo que haja pessoas que digam coisas incríveis sobre mim, isso não me vai ajudar a ganhar encontros. Tenho de me focar em mim mesma e não pensar em mais nada.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt