US Open em modo Big Brother: tudo o que precisa de saber sobre a bolha de Nova Iorque

Por José Morgado - Agosto 5, 2020
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Faltam apenas duas semanas para a primeira bola ser servida na fase de qualificação do torneio de Cincinnati, que este ano se move para dentro da bolha que a Federação norte-americana de ténis (USTA) promete montar no Billie Jean King National Tennis Center, um dos maiores complexos de ténis do Mundo, em Nova Iorque. De 15 de agosto (o torneio começa a 20 mas os jogadores podem chegar cinco dias antes) a 13 de setembro, os jogadores que estiverem a participar na competição terão de ficar confinados numa espécie de bolha, que pretende replicar o modelo do World Team Tennis (ou mesmo da NBA) que está a ser um sucesso.

CHEGADA A NOVA IORQUE

— Os jogadores e as suas equipas terão de chegar a Nova Iorque pelo menos quatro dias antes do seu primeiro encontro, mas jogadores e equipas não têm de chegar exatamente ao mesmo tempo;

— Quem chegar antes de 15 de agosto tem de seguir as regras gerais do estado de Nova Iorque;

ALOJAMENTO

— Ao contrário do que acontece na NBA, aqui os jogadores e acompanhantes não estão confinados numa só área, mas sim em dois hotéis específicos ou casas particulares aprovadas pela USTA, dos quais só podem sair para treinar ou competir.

— Quem optar por casas particulares terá de pagar um serviço de videovigilância durante 24 horas para que a USTA possa controlar quem sai da bolha;

— O jogador que sair da bolha, é automaticamente eliminado do torneio. O mesmo acontece com qualquer um dos seus acompanhantes, que fica também impossibilitado de ter credencial para o torneio em 2021;

TESTES

— Todos os jogadores testam à chegada e de novo 48 horas depois;

— Depois disso, os jogadores são testados de quatro em quatro dias;

— Um jogador que teste positivo é forçado a desistir do torneio e tem de isolar-se 10 dias;

— Um jogador que partilhe quarto com um positivo também tem de desistir do torneio e isolar-se 14 dias;

ACOMPANHANTES

— Cada tenista só pode levar 3 acompanhantes para o recinto do torneio;

— Nos locais mais reservados — balneários e restaurante de jogadores, por exemplo — só pode entrar um elemento da equipa com o jogador.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt