Tsitsipas apanha susto mas afugenta Wolf, Shapovalov desilude e diz adeus contra Harris

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 27, 2022

Há cerca de um mês, em Acapulco, Stefanos Tsitsipas gastou menos de 50 minutos para destruir JJ Wolf com os parciais 6-1 e 6-0. Os dois voltaram a encontrar-se no Masters 1000 de Miami e o enredo foi diferente… mas o fim da história acabou por ser o mesmo. O número cinco mundial foi obrigado a ir a um inesperado terceiro set, mas na hora da verdade corrigiu e fez lembrar essa vitória de Acapulco para carimbar o lugar na terceira ronda na Flórida.

A defender o estatuto de 3.º cabeça-de-série, Tsitsipas resistiu ao número 167 do ranking ATP com os parciais 6-4, 6-7(5) e 6-1, num encontro em que Wolf se foi tentando galvanizar com a ajuda do público. E a verdade é que o primeiro set só ficou estragado para o norte-americano por um único jogo de serviço – quando estava 5-4 – em que se desconcentrou e foi quebrado. Já no segundo parcial, até teve um break de vantagem, o grego recuperou, mas no tie-break, contra todas as expectativas, o norte-americano tirou um coelho da cartola.

Na hora de decidir o encontro na terceira partida, Tsitsipas recuperou o nível, Wolf baixou a guarda e um arranque forte fez a diferença, com o helénico a fugir com o encontro para marcar um duelo teoricamente muito mais perigoso com Alex de Minaur. O australiano desenvencilhou-se facilmente do compatriota Jordan Thompson e vai desafiar o terceiro pré-designado.

Quem não evitou (mais) uma desilusão foi Denis Shapovalov, que fez as malas tal como o seu amigo e compatriota Felix Auger-Aliassime. O canadiano, número 14 do ranking ATP, enfrentou um jogador que rapidamente se está a tornar num pesadelo e voltou a perder. Lloyd Harris (44.º) superou Shapovalov pela terceira vez em três encontros, descomplicando com os parciais 6-3 e 6-4 para se apurar para a terceira ronda. Segue-se Yoshihito Nishioka num encontro totalmente em aberto.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt