Toni Nadal aponta diferença entre carreiras de Alcaraz e Nadal: «Agora rivais são mais fracos»

Por José Morgado - Dezembro 6, 2025

Toni Nadal voltou a alimentar o debate geracional no ténis, ao destacar uma diferença essencial entre a carreira de Carlos Alcaraz e a de Rafael Nadal. Durante uma das suas recentes conferências, o treinador espanhol — conhecido por não fugir a temas sensíveis — explicou que a grande distinção não está nas qualidades dos jogadores, mas sim no nível competitivo que cada um encontrou.

«Os rivais de hoje são mais fracos»

A elogiar Alcaraz, Toni começou por sublinhar: «Toda a gente vê a quantidade de coisas que está a conseguir. Os atributos atléticos que possui são incríveis, tem tudo o que precisa para ter sucesso».
Mas rapidamente avançou para o ponto central: «Além disso, tem uma vantagem que os jogadores de há uns anos não tinham: os seus rivais são um pouco mais fracos, menos comprometidos».

O técnico apontou Jannik Sinner como única exceção: «Tem um grande rival que é Sinner, é verdade, mas os outros foram caindo pelo caminho».

Comparação com a era de Nadal

Toni recuou à época de Rafael Nadal, lembrando um circuito muito mais profundo: «Na época do Rafael, além de Djokovic e Federer, estavam outros grandes jogadores como Murray, Del Potro, Ferrer ou Wawrinka. Esses jogadores estavam sempre lá».
E acrescentou: «No circuito atual, parece que os rivais diretos desapareceram». Jogadores como Zverev, Fritz, Ruud ou Musetti, para o espanhol, estão longe de oferecer uma verdadeira resistência aos dois líderes do momento, Alcaraz e Sinner.

Relação atual com Rafael Nadal

Questionado sobre a relação com o sobrinho quase uma década após deixarem de trabalhar juntos, Toni foi claro: «Como pessoa, o Rafael continua igual. Agora é pai e tem outras preocupações, mas nada mudou depois da sua retirada».
E garantiu: «A nossa relação é mais uma amizade do que uma relação de tio e sobrinho. Somos uma família unida, fazemos muitas coisas juntos. É uma relação familiar normal».

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com