O tempo entre os pontos deveria ser ainda mais curto – Crónica de Hugo Rosa, o melhor jogador do universo

Por admin - Junho 9, 2017

Leia a nova crónica de humor de Hugo Rosa:

Há temas que por muito que se discutam, nunca se chega a um consenso. Sejam eles a existência de Deus, as praxes académicas ou como colocar o edredão do IKEA dentro da capa sem suar que nem um glaciar após o abandono dos EUA do Acordo de Paris, é impossível alcançar um elemento comum de concordância.
No mundo ténis, esse tema é o tempo de intervalo permitido entre pontos.
Recentemente, o árbitro português Carlos Ramos viu-se debaixo de fogo por vários jogadores de topo, entre eles Rafael Nadal, a propósito deste assunto. Não sei bem porquê, mas ser um árbitro português, independentemente do desporto, dá sempre chatice. Mais rapidamente se ensinava os D.A.M.A. a conjugar o verbo “estar” do que um árbitro “tuga” a ser profissional.
Mas voltando ao tema do tempo disponível entre pontos, nada temam! Eu, Hugo Rosa, o melhor tenista do Universo, tenho a solução. #denada
Com base na minha vasta experiência como detentor do recorde universal de Grand Slams, e sem uma única derrota a manchar o meu currículo profissional, sou da opinião que o tempo entre pontos é demasiado longo. Sim, leste corretamente, comum mortal: DEMASIADO LONGO!
Para que são precisos 25 segundos? Para descansar?! Isso é a desculpa dada por atletas inferiores que não tem o arcaboiço físico que eu tenho. Se treinassem mais e passassem menos tempo a comer tapas e calamares, talvez não infringissem continuamente esta regra (estou a falar contigo, Nadal).
Tanta coisa que se pode fazer em 25 segundos e estes mandriões querem estar ali a limpar o suor do buço, em vez de jogar?! Com este tempo, para além de ser um excecional jogador de ténis, eu era ainda capaz de mudar um pneu, plantar um pinheiro, catalogar todos os livros da FNAC por género, convencer o Reino Unido a reverter o Brexit, ler o feed inteiro de tweets do Donald Trump e ter uma relação sexual que me foi assegurada ter sido igualmente satisfatória para ela.
Acho que um intervalo justo estaria mais a roçar os 3 segundos. Um tempo que diga: “respeito o teu esforço físico”; mas também diga: “vai trabalhar que isto não é a função pública”.
Já sabem que se precisarem de mim para resolver os problemas que assolam o mundo do ténis, tenho sempre a porta do meu escritório no meu centro de treinos do Rio de Janeiro aberta.

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