Swiatek mostra-se implacável: «Agora sinto-me capaz de enfrentar tudo o que vier»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 17, 2022

Iga Swiatek é dona e senhora do circuito mundial feminino nos dias que correm, tendo em conta o ano extraordinário que está a realizar. São já oito títulos conquistados em nove finais, algo que a torna a líder inquestionável do ranking WTA. Como é que se consegue tudo isto? A jovem polaca explica… e garante que agora se sente ainda mais capaz para dar resposta a todas.

CHAVE DO SUCESSO

Houve um momento em que percebi que as coisas nem sempre funcionam e que não era divertido estar sempre a pensar em muitas coisas. Aceitei que às vezes as coisas acontecem, por isso agora sei que tenho capacidade para recuperar de qualquer situação. Esta temporada joguei em diferentes condições, tive encontros longos, tive de manter a concentração e ser clara em encontros curtos. Tudo ajuda a dar confiança para usar a minha capacidade. Agora sinto-me capaz de enfrentar tudo o que vier.

SEM QUERER SER PERFEITA

Há muito tempo que deixei de pensar em ser perfeita. O objetivo não é jogar ou sentir-me perfeita. É ganhar quando não te sentes perfeita ou não estás confortável em court. Há sempre que mudar algo, essa é a chave no ténis. Há bolas diferentes, tensões de raquete diferentes, court diferentes. Encontrar a perfeição é difícil, acho que o tive umas duas vezes esta época e talvez tenham sido muitas. O resto do tempo é superar os momentos em que não te sentes perfeita.

PREPARAR-SE PARA AS WTA FINALS

Agora tenho de ter uns dias livres, o que será bom. Estas semanas foram muito duras, então agora não vou pensar no ténis para encher-me de energia. As WTA Finals serão o torneio mais intenso da temporada, jogando contra as melhores desde o primeiro dia. Agora o plano é voltar a Dallas, onde começaremos a treinar com a máxima intensidade, mas antes terei uns dias na Flórida para ir recuperando o ritmo devagar.

Insaciável Swiatek conquista em San Diego incrível oitavo título em 2022

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt