Svitolina: «Crio a minha rotina. O Monfils está sempre a jogar PlayStation»

Por Tiago Ferraz - Abril 29, 2020
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Fotografia: Reuters

A tenista ucraniana Elina Svitolina esteve à conversa com a EuroSport onde abordou diversos assuntos ligados ao ténis e explicou o modo como tem passado a fase de confinamento.

“Eu não tenho jogado ténis porque na Suiça não estamos autorizados e, além disso, jogar contra uma parede é muito estranho. Depende do local onde estás e em que cidade, mas eu tento criar a minha própria rotina. Tento fazer exercício todas as manhãs, gravo as sessões e coloco no Instagram para que as pessoas vejam e fiquem ligadas com todos os que amam o ténis. Acho que é bom ver como é que os tenistas se mantêm em forma. O Gael (Monfils) está sempre a jogar PlayStation. Por isso, eu  tenho que criar a minha rotina e, por vezes, ele junta-se a mim para me manter motivada”, disse, citado pelo Punto de Break.

A número cinco mundial revela ainda o modo como esta paragem no circuito tem afetado o seu dia a dia e lembra a temporada de 2018:

“Bem, eu não diria que o ano de 2019 foi a minha melhor temporada. Acho que 2018 foi muito bom também, mas olhando para aos Grand Slams, claro que foi muito bom e aumentou a minha confiança. Tive alguns problemas com o meu joelho no ano passado. Este ano voltei a estar em forma e bem a nível mental e, nesse sentido, esta paragem é triste para mim”, revela.

Elina Svitolina falou também do antigo tenista cipriota Marcos Baghdatis, e explicou como começou a relação profissional:

“Eu conhecia o Marcos há muito tempo. Joguei no mesmo clube que ele na Índia e eu tive a oportunidade de o conhecer muito bem nessa fase. Estávamos sempre a tentar manter o contacto, ele ajudava-me muito. Em 2019 decidimos parar, eu pedi para ele me ajudar, mas ele queria terminar a carreira em grande. Depois disso, decidimos começar a trabalhar juntos e fizemos a pré-temporada juntos na Austrália. Foi uma excelente experiência para mim, adorei o tempo que assei com ele e acho que isso me ajudou a perceber onde é que o meu ténis estava e deu-me muita confiança para jogar alguns encontros nos quais eu pensava que não poderia vencer. Infelizmente agora tivemos que parar porque ele disse que queria ficar com a sua família. Na altura, eu não sabia que isto ia acontecer e então tivemos que parar. Vamos voltar a ver-nos no futuro. Seria bom voltar a tê-lo na minha equipa, disse.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.