Stakhovsky pede para russos e bielorrussos continuarem banidos de Wimbledon
A questão da proibição de russos e bielorrussos competirem na Grã-Bretanha, com destaque para o torneio de Wimbledon, está na ordem do dia. E uma das pessoas questionadas em relação ao assunto foi Sergiy Stakhovsky, antigo tenista ucraniano que se encontra em plena guerra, a tentar defender o seu país perante a invasão das forças russas. O antigo número 31 do Mundo não tem dúvidas.
“Espero de coração que a proibição continue. Se isto acontecer, desta vez não vão tirar os pontos porque os jogadores odiaram essa medida. O veto demonstraria que o dinheiro não está acima de tudo. Eu aprendi da pior maneira que tudo o que preciso para ser feliz é completamente diferente daquilo em que acreditava. Não é preciso muito. É preciso a família e estar seguro, nada mais”, disse à Sky Sports.
Stakhovsky aproveitou ainda para condenar mais uma vez a ação russa, garantindo que também o desporto ucraniano está a sofrer de forma profunda com os efeitos da invasão.
“Não podemos dar-nos ao luxo de parar e deixar de lutar agora. Se pararmos e tentarmos estabelecer algum limite territorial na Ucrânia para encontrar a paz, vamos sofrer uma invasão brutal nos próximos dois anos. Sabemos que os russos se vão rearmar e voltarão mais fortes. Temos de proteger as nossas fronteiras. Os desportistas ucranianos não podem treinar, houve mais de 300 infra-estruturas destruídas por mísseis russos. Vamos perder uma geração de desportistas ucranianos que não tem recursos para crescer”, rematou.