Sinner sente mudança: «Muitos vão deixar de ter algo a perder quando jogarem contra mim»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 10, 2024
sinner paris
Nicolas Gouhier / FFT

A vida de Jannik Sinner tem mudado muito nos últimos largos meses. O italiano já era um tenista de topo, mas deu o salto para um outro patamar, ao liderar o seu país à conquista da Taça Davis, antes de brilhar em nome próprio para vencer o Australian Open. Por tudo isso, enquanto se prepara para disputar o ATP 500 de Roterdão, o número quatro mundial sente tudo a mudar… menos ele mesmo.

DAS CRÍTICAS AOS ELOGIOS EM ITÁLIA COM CONQUISTA DA DAVIS

As críticas vão estar sempre presentes, não é possível agradar a toda a gente. É preciso lidar com elas da maneira certa, com a mentalidade adequada. Em 2022 perdi contra Alcaraz no US Open, num grande encontro em cinco sets. Acabámos muito tarde e depois fui para a Davis, mas não joguei a 100 por cento. Na época passada, a situação não era a mesma, mas era bastante parecida. Pensei que era melhor dar a oportunidade a outros jogadores para poder estar pronto para o fim da época. Em Málaga dei tudo.

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O QUE FEZ DESDE O TÍTULO NO AUSTRALIAN OPEN

Ainda não vi a minha família. Depois de ganhar na Austrália fui para Roma, estive lá dois dias, só tive dois dias de férias e até ali trabalhei no ginásio, não queria perder o nível físico. Espero poder ver a minha família depois deste torneio de Roterdão. De certo modo sei que há muitos focos no meu país depois da Austrália, mas eu não mudei nada como pessoa, em a minha equipa. Sabemos que devemos melhorar se queremos continuar a cumprir os nossos objetivos.

COMO É VISTO NO CIRCUITO

Sei que sou mais respeitado agora, mas também conhecem-me melhor e aprendem sobre os meus pontos fracos. É algo para o qual me preparo, para reagir neste contexto em que agora quase todos me conhecem. Muitos jogadores vão deixar de ter algo a perder quando me defrontarem, vão jogar com menos pressão.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt