Sinner explica que já se estava a sentir mal na manhã antes de defrontar Medvedev

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 10, 2024

Jannik Sinner viveu momentos complicados durante o duelo com Daniil Medvedev, que acabou mesmo por derrotar o número um do Mundo a caminho das meias-finais de Wimbledon. O italiano reconheceu que já estava mal desde manhã mas entregou todo o mérito ao russo.

SENTIU-SE MAL DURANTE O ENCONTRO

De manhã não me sentia bem, tive alguns problemas. Com o cansaço ficou duro mas não há que tirar mérito ao Daniil. Jogou de maneira muito inteligente e um grande ténis. Saí do court e não o queria fazer, mas o fisio disse-me que era melhor que tirasse um tempo porque queria observar-me, já que não parecia estar em condições de jogar. Sofri fisicamente, não foi fácil e tentei lutar com tudo o que tinha. Não vomitei, mas precisei de tempo porque estava com muitas náuseas. Quando saí do court foi o pior momento por que passei. Quando voltei tentei fazer o melhor possível e obviamente estava desiludido porque no terceiro set tive dois set points e não os aproveitei. No quarto subiu um pouco o nível e no quinto tive um jogo de serviço muito mau que decidiu o encontro.

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MÉRITO PARA MEDVEDEV

Daniil foi número um do Mundo e ganhou muitos títulos, sabe como gerir a situação no court. Gosta das longas trocas de bola e isso já se sabe. É um jogador muito pronto com muitas armas e mereceu vencer porque jogou melhor do que eu em certos momentos. É difícil outra vez porque perdi em cinco sets também em Roland Garros, aqui e no US Open do ano passado. Com sorte, tudo faz parte do que é preciso para dar um passo em frente.

FRUSTRAÇÃO POR PERDER

É muita frustração porque estava a jogar um bom ténis e tinha tido adversários duros para chegar até aqui, isso dá confiança. É difícil porque estava a sentir a bola de maneira positiva. Também tentei neste encontro e, mesmo que no fim não tenha corrido como queria, dá-me confiança para os próximos torneios. É difícil gerir, mas a temporada está a ser muito positiva, com muitas vitórias e não muitas derrotas. O nível está cá e isso é o importante.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt