Sharapova e o porte intimidante de Serena: «Ainda agora ela consegue fazer com que me sinta uma miúda»
Ainda não saltou para as bancas, mas o livro de Maria Sharapova – Unstoppable – vai já fazendo a sua função: suscitar muita curiosidade nos fãs da modalidade. O burburinho tem sido grande à volta dos excertos que vão vendo a luz do dia, sobretudo os que giram à volta da rivalidade que mantém desde tenra idade com Serena Williams, a jogadora com quem perdeu os últimos 18 embates entre ambas disputados (em 21).
Revela a antiga número um mundial e campeã de cinco títulos do Grand Slam que a norte-americana de 35 anos lhe guarda um certo ódio de estimação desde 2004. “Acho que a Serena me odiou por ser derrotada, contra toas as expetativas, por uma menina lingrinhas, em Wimbledon”, recorda Sharapova, como se pode ler no site Daily Beast.
“Acho que me odiou por lhe ter tirado algo que ela acreditava que lhe pertencia. Acho que me odiou por a ter visto num momento de fraqueza. Mas acho que ela me odiou principalmente por tê-la ouvido chorar. Ela nunca me perdoou por isso”, escreveu Sharapova, relembrando o momento em que entrou nos balneários após a final no All England Club, em 2004.
Então com 17 anos, Sharapova venceu a mais nova das Williams em duas ocasiões, nesse ano, não deixando de se sentir, ainda assim, intimidada por aquela que viria a tornar-se na sua rival mais dura. “Primeiro, porque o seu porte é muito maior e mais forte do que parece na televisão. Ela tem braços e pernas grossas e isso é muito intimidante e imponente. É isso tudo – a sua presença, a sua confiança, a sua personalidade. Ainda agora ela consegue fazer com que me sinta uma miúda”.
Em 2004, altura em que Sharapova saltou para a ribalta, Serena já contava com sete títulos do Grand Slam e tentava voltar à liderança do ranking mundial.