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Sabalenka: «Queria enganar o meu cérebro, gritavam ‘Emma’ e eu ouvia ‘Aryna’»

Aryna Sabalenka qualificou-se para os oitavos de final de Wimbledon depois de ter superado Emma Raducanu numa grande batalha e num encontro com um nível brutal.
A número um mundial continua a fazer de tudo para conquistar o primeiro título da carreira no All England Club mas, para já, a própria pretende não pensar nisso.
FELIZ COM VITÓRIA
Estou feliz com a vitória, claro, foi uma grande batalha. Ela levou-me mesmo ao limite, é preciso reconhecer que jogou de forma incrível, e depois o público… foi como jogar contra uma americana nos Estados Unidos, foi uma coisa completamente louca. Honestamente, estou muito grata por as pessoas terem sido tão respeitosas e educadas durante os pontos. Apesar de estarem sempre a apoiar, consegui concentrar-me nos pontos, isso ajudou-me a manter-me no jogo e a lutar por cada ponto. Estou muito contente com esta vitória.
ELOGIOS A RADUCANU
Não posso prever nada, mas tenho a certeza de que ela tem ténis para voltar ao top 10. Talvez não num mês, mas talvez num período mais longo — mas estou convencida de que vai voltar ao topo. Está a lutar muito, a jogar muito melhor, mais consistente, mentalmente voltou a estar saudável. Acho que isso é o mais importante e, assim, tenho a certeza de que vai lá chegar. Os meus ouvidos chegaram a ficar entupidos com tanto barulho, mas gostei da experiência. Estava a tentar enganar o meu cérebro, pensando que o público me estava a apoiar a mim. Às vezes, quando gritavam ‘Emma’, soava a ‘Aryna’, não sei porquê.
AINDA ROLAND GARROS
Por um lado, estou feliz pelo que me aconteceu em Roland Garros, lá tive a oportunidade de parar e olhar para tudo com outra perspetiva, perceber muitas coisas sobre mim própria. Sinto que sou uma pessoa diferente, aprendi a lição. Graças a essa experiência recente, estive sempre a repetir para mim mesma que não podia voltar a acontecer. Aconteça o que acontecer em campo, só tens de ser respeitosa, manter a calma e continuar a tentar e a lutar. A sério, estava mesmo a lembrar-me de que era suficientemente forte para conseguir lidar com toda aquela pressão.
ALÍVIO E SATISFAÇÃO
Honestamente, estou grata por hoje ter toda esta experiência, porque no início da minha carreira teria perdido a cabeça e perdido o primeiro set por 7-5. Com os anos e a experiência, aprendi que isso não é tudo — que depois teria de servir para ganhar o set e também sentiria pressão. As bolas estavam bastante pesadas, por isso sabia que não seria fácil ela fazer quatro ases, ou seja, que eu teria a minha oportunidade. Naquele momento, tentei apenas focar-me na minha tática e nas coisas que tinha de fazer para voltar a entrar no set — e isso ajudou-me mesmo. A experiência resolve muitos problemas.
FAVORITA AO TÍTULO?
A experiência diz-me que isso não importa nada em relação ao título. Esta vitória não significa que vou ganhar o torneio, é apenas um bom jogo. Dá-me muita energia e boas sensações sob pressão, uma grande batalha onde consegui sair vencedora. É por isso que adoro este desporto: trata-se sempre de te desafiares a ti mesma. Quando passas por momentos difíceis e consegues vencer, é a melhor sensação do mundo. Vou aproveitar esta noite e amanhã foco-me no que vem a seguir.